Santos, terra de Brás Cuba, Jose Bonifácio,
Vicente de Carvalho, Martins Fontes, Pelé e tantos mais,
Terra onde canta o sabiá, ao coro do bem-te-vi…
Onde as palmeiras, as figueiras, o jambolão enfeitam
seus canais com flores, folhas, frutos e perfumes da primavera,
Santos querida, aprendi a te amar tão logo, na infância distante,
Abraçou-me o seu lindo e infindo mar, suas areias brancas e finas,
Meus pés, ao pisarem-na, cantarolavam lindas cações de ninar.
Santos, de meus avós, pais, tias, tios, primos e amigos que nunca,
Nunca irei esquecer…
Santos de tantas histórias: de piratas, a segunda fonte de água do Brasil,
a Biquinha “Fui beber água e não achei…”, do Outeiro, Valongo,
Paquetá, Monte Serrat, Rua XV e Bolsa do Café.
Dos bondes elétricos que cortavam os trilhos, em um vai e vem
de recordações e eterna saudades…
Santos, dos poetas apaixonados que através dos seus versos
Imortalizaram suas praias, seus mares, o azul dos céus,
Onde as estrelas nunca param de brilhar, servindo de guias, seguro,
As caravelas e aos batéis que aqui aportaram…
Santos, seu porto aonde navios chegam e partem levando lembranças,
Deixando saudades de um coração pesar,
Santos querida, és o tempo em que adormece minha solidão,
O sol que inflama suas areias e contagia as águas do seu mar,
Onde crescem as marolas em ondas castigantes a ferir os
rochedos, que choram e pedem por perdão…
“Não nos sacuda mais, não estoure suas ondas de raiva, sempre nos
mantivemos fiéis!”.
E ao ouvir os lamentos, como por milagre, o sol se esconde e,
as águas se acalmam. Ao longe se ouve o canto sereno e suave das ondas,
O marulhar…
E no pico da mais alta onda, se equilibrando na oscilação do seu correr,
Cantando, festejando a primavera encantada…
Os pequeninos anjos do mar,
Santos dos meus amores, prometo,
Nunca mais vou te deixar…
