Crítica | Filme | Abigail

Crítica | Filme | Abigail

Não é novidade para ninguém que já faz muito tempo que os vampiros andam entre nós. Bom, pelo menos no cinema. E não há água benta, alho, crucifixos e estacas suficientes para dar conta de tantos chupadores de sangue os roteiristas americanos despejam regularmente nas telinhas e telonas. E Abigail, filme que a Universal Pictures distribui em circuito brasileiro em 18/4, é mais um deles.

Mas não tome o “mais um deles” como algo ruim. Como eu fui despreparado para cabine de imprensa do filme, confesso que me surpreendi positivamente. Portanto, se você quer experiência semelhante, pare de ler minha crítica agora! E, claro, esqueça a já mencionada palavra “vampiro”.

Abigail começa com um grupo de criminosos bem organizados sequestrando uma garota de 12 anos, filha de algum misterioso bilionário, para obter um resgate de US$ 50 milhões. Pouco dinheiro, cá entre nós. Principalmente depois que descobrem que a garota (Alisha Weir) é, na verdade, uma vampira. E que o grupo está no seu cardápio.

O filme mal começou e o plot está devidamente apresentado. Só que não. Se você vai despreparado para Abigail como eu fui (e sem levar a palavra “vampiro” em conta, muito importante!), pode chegar a pensar que o filme recriará aquela atmosfera claustrofóbica de Assalto à 13ª DP (1976), do sempre criativo John Carpenter. Que o grupo ficará encurralado em uma mansão fantasmagórica à espera dos capangas do tal misterioso pai da menina.

Foi um breve momento de indagação para mim, obviamente, até rolar a primeira decapitação. Ainda assim, seria possível identificar o gênero terror sem especificá-lo. Seria Abigail algo parecido com A Casa dos Maus Espíritos (1959), que tantas adaptações e inspirações já teve?

Essa segunda dúvida paira até uma segunda morte, momento que antecede a devida apresentação de Abigail e o seu hábito de “brincar com a comida”.

Ou seja, o entretenimento é bom e garantido, com sustos até que previsíveis, porém, eficientes. E algumas leves reviravoltas. Destaque para o elenco bem eficiente, formado por Melissa Barrera (Pânico), Dan Stevens (Godzilla e Kong: O Novo Império), Kathryn Newton (Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania), William Catlett (série Raio Negro), Kevin Durand (X-Men Origens: Wolverine) e Angus Cloud (série Euphoria).

Os diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett têm experiências positivas no gênero terror graças a Pânico (2022) e Pânico 6, entre outros. Ah, haja plasma, viu? Não queria ser o cara que teve que limpar os sets

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