Crítica | Filme | A Estrela Cadente

Crítica | Filme | A Estrela Cadente

A produção belga-francesa A Estrela Cadente é uma comédia noir escrita, dirigida e estrelada por Fiona Gordon e Dominique Abel. Promete uma experiência cinematográfica diferente de muita coisa vista até agora pelo leitor de CriCríticos, garanto.

Mescla um humor ácido com drama e joga por cima um toque de surrealismo. Lembra um pouco o teatro do absurdo por isso e não é para menos. Fiona e Dominique são parceiros na vida e na arte, e vem trabalhando juntos desde 1980 com teatro. No cinema já dirigiram vários curtas e longas também.

Trama intrigante e personagens peculiares

Desista, portanto de tentar adivinhar para onde o filme vai. Apenas sente na poltrona e se divirta.

A história gira em torno de Boris (interpretado por Dominique Abel), um ex-ativista que agora leva uma vida tranquila como barman em um bar underground. Sua vida pacata é virada de cabeça para baixo quando um homem que ele salvou de um atentado o reconhece e busca vingança.

Para escapar da perseguição, Boris e sua esposa Kayoko (Kaori Ito) cruzam o caminho com um sósia do barman, também interpretado por Abel. Vendo nele a chance de salvar a vida de Boris, eles o envolvem em um plano arriscado. Mas as coisas se complicam ainda mais quando Fiona (Fiona Gordon), a ex-mulher de Boris, entra em cena em busca de respostas sobre o que aconteceu com o marido.

Desafio aos rótulos

A Estrela Cadente é um filme difícil de categorizar. Eu mesmo aproveitei as palavras da galera da Pandora para tentar situá-lo para o leitor. Correndo o risco de rotulá-lo indevidamente. Com poucos diálogos e muitas situações bizarras, o filme é, antes de mais nada, espirituoso. Ainda que Fiona e Dominique também explorem temas como pessimismo, niilismo e melancolia.

Apesar da estranheza mencionada, A Estrela Cadente não é nada caótico do ponto de vista estético. As cenas são bem plásticas, com cores vibrantes e muito equilíbrio (típicas do teatro). Um trabalho de mais pura atuação, para que a história não caia no ridículo

O filme chega aos cinemas brasileiros em 16 de maio distribuído pela Pandora.

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