Crítica | Filme | Furiosa: Uma Saga Mad Max

Crítica | Filme | Furiosa: Uma Saga Mad Max

Apesar do título, Furiosa: Uma Saga Mad Max pouco tem a ver com o Max Rockatansky do filme original de 1979. Quer dizer, tirando o fato de ambos serem fruto da mente criativa de George Miller (aqui diretor e coroteirista).

O Max que conhecemos, na verdade, aparece de costas por poucos segundos. E nem é O MAX! É apenas um dublê de corpo.

Essa e outras migalhas (ou referências, se preferir) são espalhadas ao longo de 148 minutos na tentativa de deixar o público à vontade com esta nova fase da franquia. Confesso que não sei se peguei todas, afinal, ação é o que não falta ao filme.

A prequel conta a história da Furiosa (vivida por Anya Taylor-Joy, de O Menu, na fase adulta), do momento em que forçosamente diz adeus ao convívio com sua mãe e todas as Vuvalinis e passa a conviver com Dementus (Chris Hemsworth, o Thor), um dos novos tiranos de Wasteland. Até quando se alinha com as tropas de Immortan Joe, para encarar uma guerra pelo controle de armas, comida e combustível.

Por trás dessa “devoção” ao segundo tirano, esconde-se um forte desejo de vingança contra Dementus e uma agenda pessoal. Que desemboca em Mad Max: Estrada da Fúria (2015). E aí não tem novidade.

Por falar neste capítulo de Mad Max, vale uma observação. A Furiosa de Charlize Theron foi quem suscitou essa prequel. Sua atuação engoliu o Max de Tom Hardy e ajudou a levantar essa segunda etapa da franquia. E não me refiro a eventuais desentendimentos entre os dois protagonistas. A Furiosa de Charlize é magnética e enche a tela, fazendo com que quiséssemos mais daquela personagem.

E aí temos a Furiosa de Anya, que já começa tendo que correr atrás desse prejuízo. E por mais competente que Anya seja, não está à altura de Charlize. Aí o leitor entende o porquê das mencionadas referências? Se não fizesse isso, George corria o risco de não lincar o lé com o cré e teríamos em Furiosa: Uma Saga Mad Max um filme isolado de tudo no meio da mesma Wasteland de sempre.

Destaque ao carisma pontual de Hemsworth, aqui um vilão. O ator tenta muito se distanciar do martelo do Deus do Trovão, mas está difícil. Sua nota alta é merecida pelo esforço em meio a tantos personagens musculosos, cheios de graxa (às vezes graça) e com nomes peculiares. Quem, em nome da humanidade, daria o nome de Scrotus a uma criança?

O que George fará agora? Talvez a infância de Max ou de Lorde Humungus? Vai saber…

Procure assistir à Furiosa: Uma Saga Mad Max em uma sala com boa projeção e bom áudio. Uma cadeira bem confortável também ajuda e pegue leve no consumo de líquidos antes do começo da sessão. O filme estreia em 23/5 distribuído pela Warner Bros. Pictures.

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