Christine, o mais famoso Carro Assassino do cinema de terror

Christine, o mais famoso Carro Assassino do cinema de terror

Quando se fala em carros assassinos no cinema, um dos primeiros títulos que vem à mente é Christine, O Carro Assassino, dirigido pelo mestre do horror John Carpenter. Quem é da geração anos 1980, talvez não tenha visto o longa nos cinemas, porém, certamente viu em VHS ou na TV aberta – o filme estreou na TV Bandeirantes numa sessão noturna de filmes no final da década de 1980.

Seguindo, o filme é baseado no romance de mesmo título, escrito por outro grande nome do terror: Stephen King. A produção foi realizada ao longo do ano de 1983 e chegou às salas de exibição norte-americanas em dezembro do mesmo ano. A recepção foi boa, entretanto, a concorrência do período não ajudou. Com orçamento de cerca de US$ 10 milhões, a produção arrecadou US$ 3 milhões na estreia e terminou com pouco mais de US$ 21 milhões algumas semanas depois.

Apesar de o tempo de cinema ser relativamente curto e não ter feito uma bilheteria enorme, Christine, O Carro Assassino não perdeu o brilho quando chegou ao home vídeo, em VHS, alguns anos depois e seguiu cultuado por fãs quando chegou às telinhas. Podemos creditar esse sucesso a vários elementos, desde a beleza do carro, até a ideia bizarra de um amor entre um veículo e seu dono tomar proporções sobrenaturais.

Curiosamente, em diversas entrevistas ao longo dos anos, o cineasta John Carpenter afirmou que dirigir Christine, O Carro Assassino não foi uma decisão tomada por conta de algo pessoal, como foram seus trabalhos anteriores. Carpenter não escondeu que topou rodar o longa como um projeto profissional, feito em um momento delicado de sua carreira. Vale lembrar que o filme anterior do diretor havia sido Enigma de Outro Mundo (1982), considerado um ótimo filme, mas um fracasso de bilheteria.

Além disso, não bastasse o nome do diretor ter peso para o público que consome filmes de terror, ter Stephen King nos créditos também atrai até hoje a atenção dos fãs. King assinou o livro que originou o roteiro, entretanto, os direitos para transformar a obra em filme já haviam sido negociados quando o produto ainda era um manuscrito, que fora enviado aos produtores antes mesmo do livro chegar às gráficas.

Falando sobre o aspecto visual do longa, os filmes de Carpenter costumam ser carregados de cores vivas e sombras, criando contrastes marcantes. O diretor também usa e abusa de closes e ângulos peculiares. Tais características valorizaram muito o carro vermelho a quem chamamos Christine – um Plymouth Fury 1958. Reza a lenda que foram necessários mais de 15 exemplares do veículo para criar as várias faces de Christine.

A trilha sonora é um show à parte. Se a música incidental do filme é toda preparada pelo próprio John Carpenter e sua equipe musical, a trilha sonora inclui clássicos do rock entre os anos 1950 e 1980 (a trama do filme se passa no fim da década de 1970). Temos bandas como George Thorogood and the Destroyers, Buddy Holly & the Crickets, ABBA, Ritchie Valens e The Rolling Stones. Ironicamente, uma das frases finais da protagonista do filme, Leigh, vivida pela atriz Alexandra Paul, é “Eu odeio rock’n’roll”. Muito divertido.

Somando tudo isso, temos um filme muito bacana. Não é à toa que Christine, O Carro Assassino segue sendo um filme bastante procurado e está disponível em diversos canais de streaming por assinatura atualmente. O longa pode ser visto em plataformas como Netflix e Prime Video, ou pode ser alugada também separadamente. E, para terminar, quem gosta de mídia física pode caçar uma peça em DVD, Blu-ray e até em VHS do filme, pois ainda é possível comprar pela internet.

Christine faz 40 anos. Foi lançado nos EUA no final de 1983 e fez sua estreia brasileira em maio de 1984.

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