Crítica | Filme | Twisters

Crítica | Filme | Twisters

Hoje vou tentar um approaching diferente na crítica do filme Twisters, que estreia em 11/7 distribuído pela Warner Bros. Pictures. Vou começar pelo fim, deixando claro que se trata de um entretenimento puro, sem espaço para muitas reflexões, que merece ser curtido em uma sala com tela e áudio de primeira. Tipo, para fazer o chão tremer mesmo (sem exagero).

Twisters, assim como o filme de 1996 (o singular!), aposta nos efeitos sonoros e visuais para se vender. Compra quem quer, claro. Agora, lá nos anos 1990, Twister arrebatou crítica e opinião por conta disso. Ainda que Twisters impacte graças a esses recursos, não traz exatamente uma novidade para as telas. E tudo bem, não há demérito nisso, uma vez que os efeitos visuais só apresentem coisas novas de tempos e tempos.

O que deposita muita expectativa nas costas da criatividade dos roteiristas. Se vacas voando já deram o que falar no passado, que tal agora alçar voo mais alto (quase literalmente) com um galinheiro inteiro?

Por mais que estejam vendendo Twisters como “dos mesmos produtores de Jurassic World e Indiana Jones” (leia-se Frank Marshall e Steven Spielberg, entre outros), sempre é bom lembrar que o pai da matéria é Michael Crichton, autor de hits como a franquia Jurassic Park e Westworld. Além deste último, citaria a esmo alguns favoritos, como O Enigma de Andrômeda, Plantão Médico e O 13º Guerreiro. Assim, só para brincar…

E que compartilha o roteiro aqui com Mark L. Smith (O Regresso) e Joseph Kosinski (Top Gun). Tudo gente de responsa.

O foco do filme está em Kate Cooper (Daisy Edgar-Jones), jovem estudante de meteorologia que pesquisa um jeito para fazer um furacão perder sua força destrutiva. Ela e um de seus amigos (Anthony Ramos) sobrevivem a um potente F5 e, passados cinco anos, Kate está de volta à Oklahoma para assessorar um grupo de pesquisadores com interesses meio duvidosos.

O pior é que no meio do seu caminho está Tyler Owens (Glen Powell, de Assassino Por Acaso), um caçador de tempestades que faz da atividade algo como um rodeio on-line. Os atritos entre os dois, fruto das diferentes linhas de trabalho dessa dupla improvável, até lembram as rusgas que o falecido Bill Paxton e Helen Hunt tinham no filme de 96, vitimados por uma separação. Talvez tenha faltado só um pouquinho mais de amor na fórmula, mas não chega a fazer falta.

Porque entre as belas imagens, uma trilha musical caprichada e uma dose equilibrada de ação com alguns diálogos, não parece haver espaço sequer para um beijinho. E tudo bem, mais uma vez.

Fechando, caso não tenha ficado claro, Twisters é filme de telona com bom sistema de áudio. Então, se quiser valer o dinheiro do ingresso, se programe direitinho.

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