A primeira impressão que fica sobre Hora do Massacre (Wake Up) é que se trata de uma tentativa de modernização do bem-sucedido gênero terror slasher (com doses generosas de ação), a começar pela direção do filme, que está assinada por um coletivo de diretores: o RKSS, ou Roadkill Superstars.
Soa interessante, mas bem que pode ser uma armadilha criativa. Afinal de contas, muitas decisões podem emperrar na hora de tomá-las coletivamente. Fato é que a produção franco-canadense (com roteiro do italiano Alberto Marini, de Rec) foi finalizada e já vem se dando bem nas bilheterias.
Um baixo orçamento nessas horas é um bom começo, claro.
Outra marca nesse estilo é o elenco. Hora do Massacre conta com atores medianos e desconhecidos e nada disso é demérito. Longe de ser mal feito, embora nada diferenciado, o filme até consegue divertir dentro da sua proposta.
Após ativistas invadirem uma loja de móveis como forma de protesto, o vigia noturno local (Turlough Convery, de Killing Eve), um tremendo brutamontes e visivelmente mentalmente despreparado para lidar com situações como essa, decide persegui-los e eliminá-los um a um. O requinte é que, como ele é meio obcecado por caça primitiva, cada um dos ativistas vai sendo derrubado com armadilhas mortais.
O coletivo formado pelos diretores Yoann-Karl Whissell, François Simard e Anouk Whissell bem que tentou sair do lugar comum na narrativa de Hora do Massacre, reforçada por uma estética única. Contudo, o resultado final não foi tão marcante assim. Mas o filme deve divertir os fãs do gênero. Estreia em 18/7 distribuído pela Imagem Filmes.
