Crítica | Filme | Estômago II – O Poderoso Chef

Crítica | Filme | Estômago II – O Poderoso Chef

Raimundo Nonato está de volta passados 16 anos do lançamento de Estômago. Em Estômago II – O Poderoso Chef, que estreia em 29/8 distribuído pela Paris Filmes, o personagem ressurge em uma trama muito mais bem-humorada e com contornos do clássico O Poderoso Chefão. Inclusive com adaptação de texto e de cenas do filme de Francis Ford Coppola.

Quando falo em humor, claro, não me refiro ao estilo adotado por franquias do cinema nacional que mais parecem esquetes reaproveitados de programas de televisão. Trata-se de um humor mais ácido, crítico até, muito bem explorado pelo diretor Marcos Jorge (o mesmo do primeiro filme), a partir de roteiro desenvolvido por ele mesmo ao lado de Bernardo Rennó e de Lusa Silvestre.

Aliás, vale a pena rever Estômago no streaming premium do Globoplay ou do Prime para sentir as diferenças entre as histórias dos dois filmes. Por exemplo, João Miguel retoma o papel de Raimundo Nonato, mas confesso que não lembrava que Paulo Miklos também estava no primeiro filme (no papel de Etcetera), bem como outros companheiros de cela do cozinheiro.

Bem, não mais um cozinheiro e sim um telentoso chef de cozinha que faz a alegria da penitenciária onde cumpre pena, sendo disputado a tapa por todos, do diretor da prisão aos grupos rivais. Levantando recursos de todos os lugares para apresentar pratos caprichados e saborosos aos seus “clientes”, dando vazão a sua verdadeira vocação.

A equilibrada realidade muda drasticamente quando um preso italiano, Dom Caroglio (Nicola Siri), e sua comitiva mafiosa são transferidos para o local, impondo uma mudança de comando na prisão. E, como consequência, trazendo o chef Nonato para a Cosa Nostra.

O espectador não deve sentir uma ou outra queda de voltagem na narrativa de Estômago II – O Poderoso Chef e que não comprometem a divertida história, honestamente. Tudo funciona bem, das belas locações à trilha sonora, passando por diálogos burilados e uma trama que deve prender a atenção do espectador. Diria que o filme é uma proposta que não deve ser recusada.

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