Crítica | Filme | Prisão nos Andes

Crítica | Filme | Prisão nos Andes

Prisão nos Andes é uma coprodução Brasil e Chile que estreia nos cinemas nacionais em 12/9, distribuído pela Retrato Filmes. O longa é baseado em uma história real que narra a vida de cinco torturadores que serviram à ditadura de Augusto Pinochet enquanto cumprem suas penas em uma prisão aos pés da cordilheira dos Andes. Na verdade, o tratamento dispensado a eles é de um hotel cinco estrelas, com mordomias e caprichos que fizeram os seus crimes valerem a pena.

Ainda que supervisionados por guardas armados (verdadeiros mordomos), eles conseguem comer do bom e do melhor, praticar atividades esportivas e até tiro.

Como tudo que é bom tende a durar pouco, a “hospedagem” passa a ser ameaçada depois que um dos internos faz declarações um tanto polêmicas a um canal de televisão.

Filme-debute do diretor chileno Felipe Carmona, que contou até mesmo com uma vítimas da ditadura em seu elenco, como Hugo Medina, que foi brutalmente torturado e viveu exilado em Londres por muitos anos. Carmona faz uso de belas locações e de uma fotografia caprichada até mesmo para arrefecer um pouco a dureza do tema abordado. Ainda que pesado em seu conteúdo, Prisão nos Andes flui livremente em sua duração e revela-se necessário em qualquer país que seja lançado. E que não procure varrer um período de ditadura para debaixo do tapete como uns e outros…

Deixe um comentário