Quando penso em você
Sinto um forte arrepio,
Não sei se é amor ou medo.
Tenho medo de mim,
De ti, de tudo, só fugindo!
Ou será isto o amor?
Tento refugiar-me
Das sombras, da noite,
Da luz, do silêncio ou vozes.
Desperto do sonhar
Das folhas secas,
Do chorar das fontes.
Permaneço solitário e mudo…
Sinto o dia passar
A noite chegar,
As horas correrem sem volta.
O manto da noite
Me traz agonia e transforma,
A espera insana da aurora.
E ao sobreviver você
Transgrido o bem-querer,
Pois, não sei se é amor ou medo.
