Se você não é do tipo alienado que ignora o que se passa no cenário político de outros países, deve saber que Donald Trump tenta se reeleger presidente dos EUA. Com um bocado de polêmicas envolvendo não apenas o seu passado como playboy, como também o de político.
Pegando carona nesse potencial para a controvérsia, a Diamond Films anuncia para 17/10 o lançamento de O Aprendiz (The Apprentice), com a promessa de revelar os bastidores da ascensão de Trump. Dirigido por Ali Abbasi, o longa tem potencial para gerar debates acalorados, destacando como o poderoso advogado Roy Cohn moldou o jovem Donald, transformando-o em uma das figuras mais influentes dos EUA.
O Aprendiz é um reality show de competição empresarial que foi apresentado por Donald Trump, no qual os participantes disputam vagas de emprego em empresas de prestígio. Os competidores enfrentam desafios relacionados a negócios, e a cada episódio, um participante é eliminado com a frase “You’re fired” (“Você está demitido”). O estilo direto de Trump tornou-o ainda mais popular e marcou também um pouco da sua administração na presidência americana.
A trama do filme se passa na caótica Nova York dos anos 1970 e 1980, onde um jovem Donald Trump (vivido por Sebastian Stan, de Capitão América 2: Soldado Invernal) tentava crescer nos negócios imobiliários da família. Contudo, ele enfrentava grandes dificuldades com problemas legais e a interferência do governo americano. Tudo muda quando ele conhece Roy Cohn (Jeremy Strong, da série Succession), um advogado influente que vê em Trump o potencial para se tornar uma figura de destaque.
Cohn não apenas guia Trump pelos labirintos da política e do mercado, mas também utiliza sua influência para moldar o jovem empresário. Por causa do apadrinhamento de Cohn, Trump consegue realizar um dos seus maiores sonhos: a construção e inauguração da Trump Tower. O filme destaca como Cohn manipulava a mídia e o sistema judiciário, traçando paralelos entre seu poder e a ascensão meteórica de Trump.
Além de uma trama atual, O Aprendiz se destaca por sua fotografia, que evoca programas de TV da época, e por seus figurinos e locações que recriam com precisão os anos 70 e 80. Abbasi mergulha no ambiente visual da época, apostando em detalhes realistas que fogem dos padrões de beleza contemporâneos. Em suma, o filme mostra figuras como Trump e Cohn com todas as suas imperfeições, capturando a crueza daquele período.
