Poesia | À procura de um nome

Poesia | À procura de um nome

Estou aqui novamente a seus pés, deixando o imaginário voar sem

que ao menos um texto venha me bendizer, te faço companhia.

 

Penso, tento captar na memória que falha, palavras lidas em tantas

poesias, mas o que encontro são apenas faíscas queimando o papel.

 

Preciso, tenho a necessidade de escrever, o que martiriza minha alma

poeta de sonhos inacabados, saudades que choram, cicatrizes abertas.

 

Onde encontrar o discurso que flama a alma cansada, envelhecida da dor,

que sangra pelas esquinas da vida à procura do ser que um dia esvaeceu?

 

Por que continuar à procura das letras, palavras, versos que venham

compor uma triste canção de amor sem ao menos saber o nome dela?

 

E no imaginário que transpassa a linha da demência, encontro no final

de um fragmento de luz sobre uma lápide, um nome, uma flor… Amor.

Deixe um comentário