Crítica | Filme | Abraço de Mãe

Crítica | Filme | Abraço de Mãe

É realmente admirável que cineastas brasileiros enveredem pelo terror, gênero muito apreciado pelos espectadores daqui. Como a maioria das produções nacionais, a galera tenta compensar a falta de verba com a criatividade e normalmente isso basta.

Acredito que é o caso de Abraço de Mãe, dirigido por Cristian Ponce em roteiro dele ao lado de André Pereira e Gabriela Capello. O filme é uma produção da Lupa e chegou à Netflix em 23/10. Sua história tem aquela pegada de “tudo ia bem até chegarem naquela casa estranha”, que já assistimos em uma dúzia de oportunidades.

E o clima vai sendo construído em torno da história da personagem Ana, vivida por Marjorie Estiano, uma bombeira que carrega consido um trauma de infância. Durante os fortes temporais que açoitaram o Rio de Janeiro em fevereiro de 1996, ela e sua equipe recebem um chamado para evacuar um asilo que corre o risco de desabamento.

Eles rapidamente descobrem que os ocupantes do asilo parecem não querer deixar o local. Ao contrário, Ana começa a desconfiar (vejam só!) de que eles foram atraídos para lá propositalmente. Para piorar, ela começa a revisitar seu trauma a cada cômodo que visita, tendo ainda que se preocupar com algo estranho que ocupa o porão da casa.

Abraço de Mãe consegue trazer coisas bacanas para a tela (a cena das trincas na parede, por exemplo), mas o que vinha instigando a curiosidade do espectador, aos poucos vai cedendo espaço para o óbvio. O elenco que apoia Marjorie contribui para a mesmice, infelizmente. Juro que torcia para um desfecho mais satisfatório. E olha que nem sou um grande apreciador de terror…

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