Crítica | Filme | Venom: A Última Rodada

Crítica | Filme | Venom: A Última Rodada

Hoje em dia é difícil manter segredo nesses filmes de super-heróis, essa é que é a verdade. Os estúdios baseiam suas campanhas de marketing em toda reverberação on-line que uma produção pode ter e, muito por isso, preferem vazar uma informação aqui e outra ali para manter a hashtag rolando. E criando expectativa.

Não preciso lembrar que as mais recentes investidas de DC e Marvel têm deixado a desejar, não fosse a bela performance de Deadpool & Wolverine. Então, qual minha expectativa para Venom: A Última Rodada após essas considerações?

Nenhuma! Fácil…

Quer dizer, já entrei na cabine de imprensa (cada vez mais lotadas para esse tipo de filme!) me perguntando se realmente seria A Última Rodada (The Last Dance, em inglês, tem mais a ver!). Um colega comentou que seria uma tentativa de explorar com Venom o filão aberto por Deadpool, ou seja, um anti-herói confesso, politicamente incorreto e que faz piada de tudo com muito palavrão!

Se (big SE aqui) fosse isso mesmo, Venom: A Última Rodada nunca esteve mais distante desse objetivo. O simbionte até é politicamente incorreto, embora tenha sido meio que moralizado pelo Eddie Brock (Tom Hardy). Ele devora cabeças apenas de pessoas ruins e ainda tenta proteger inocentes. Mas sequer raspa no estilo de humor do personagem imortalizado por Ryan Reynolds e que tanto sucesso fez entre os fãs. Agora não estou 100% certo, mas acho que a franquia Venom não usa palavrões aos borbotões como em Deadpool… Se quiserem conferir, me avisem depois.

Então, o que resta para Venom: A Última Rodada? Apenas tentar tirar o máximo proveito de Tom Hardy e seus convidados especiais, como Juno Temple, Rhys Ifans e Chiwetel Ejiofor, em uma despedida “honrosa”. Com direito a duas cenas pós-créditos que ligam o nada ao lugar algum!

Chiwetel, aliás, assume mais um personagem no universo Marvel depois de tentar puxar o tapete de Stephen Strange em Doutor Estranho. Vai entender…

Eu não consigo imaginar um futuro para a franquia, honestamente. Talvez os fãs salvem o personagem no cinema em possíveis novos filmes, mas tudo depende sempre do retorno financeiro. A criatividade (não no melhor sentido da palavra) é imensa e com o tal do multiverso, então, está valendo tudo.

A essa altura o leitor quer saber sobre a história de Venom: A Última Rodada. Um poderoso ser chamado Knull, inimigo declarado dos simbiontes, despacha criaturas poderosas para a Terra na tentativa de obter um códex. O tal códex, claro, é fruto da simbiose Venom/Eddie Brock e pode decretar o fim de toda a vida no Universo. Ao mesmo tempo, os militares americanos tentam capturar e controlar todos os simbiontes, deixando Venom em um fogo cruzado. A única forma de impedir que o códex vá parar nas mãos de Knull é se Venom ou Eddie morrerem. Estreia em 24/10 distribuído pela Sony Pictures.

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