Nesta sexta-feira (25/10), o programa Opinião, da TV Cultura, reúne especialistas para discutir o impacto do bullying e cyberbullying na vida de crianças e adolescentes. Com apresentação de Rita Lisauskas, o debate ao vivo vai ao ar a partir das 20h30 e explora como identificar e combater essas formas de violência, que afetam milhões de estudantes no Brasil.
Com o avanço da tecnologia e o uso crescente das redes sociais, o cyberbullying se tornou uma das maiores preocupações entre pais e educadores. Casos que envolvem humilhações, piadas maldosas e ofensas sobre características físicas, raça ou orientação sexual passaram a ser reconhecidos não apenas como brincadeiras, mas como comportamentos criminosos. Em janeiro deste ano, a Lei 14.811 entrou em vigor, tipificando o bullying e cyberbullying como crimes.
De acordo com um levantamento do DataSenado, mais de 6,7 milhões de estudantes no Brasil relataram ter sofrido algum tipo de violência nas escolas em 2023. Esses dados representam 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados no país, o que reforça a urgência do tema.
Para aprofundar o debate, Rita Lisauskas conversa com especialistas de diferentes áreas. A educadora Carolina Delboni, especialista em comportamento adolescente, traz uma análise sobre o papel das escolas na identificação precoce desses casos. Já o psiquiatra Pedro Pan, pesquisador do Instituto Ame Sua Mente, discute os impactos psicológicos causados por essas agressões, que vão desde problemas de autoestima até depressão e ansiedade.
O programa também contará com a participação remota do escritor e professor Hugo Monteiro Ferreira, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Ele é autor do livro A Geração do Quarto, obra que reflete sobre os efeitos do isolamento digital e do uso excessivo de tecnologias na vida dos jovens.
Os especialistas defendem que tanto as escolas quanto as famílias precisam atuar de forma conjunta para combater o problema. O diálogo constante e a criação de um ambiente de acolhimento para as vítimas são passos fundamentais. Além disso, a implementação de políticas de prevenção e campanhas educativas dentro das escolas pode contribuir para reduzir a incidência de bullying e cyberbullying.
