Crítica | Filme | Terrifier 3

Crítica | Filme | Terrifier 3

Chamar o filme de besteirol talvez seja pouco, muito pouco. Imagine uma dose de infantilidade multiplicada por dez, e aí estará Terrifier 3. Isso não significa que o longa seja ruim – longe disso – mas, sim, que é exageradamente bobo, o que pode ser até uma característica positiva em alguns casos.

A trama segue literalmente o mesmo roteiro já explorado na obra anterior: Art retorna para cometer mais atrocidades, incluindo agora o envolvimento de crianças, enquanto Sienna continua sua luta contra ele.

O filme é composto por uma série de cenas sem muita coesão ou continuidade entre si, com mortes espalhadas de forma a provocar choque. Esse efeito é buscado de maneira tão absurda que beira a galhofa, e não qualquer galhofa, mas o ápice desse tom atualmente.

Art, com sua estética circense, é uma tentativa clara de criar um novo Freddy moderno. Embora muitos tenham tentado algo semelhante, o sucesso de Art entre o público, em parte por sua falta de limites como antagonista, garantiu a ele um espaço especial, tornando-o um ícone que se destaca.

Com a possibilidade de uma nova estrela do slasher, os limites são postos à prova. Art é impiedoso e tão caricato que a obra não se enquadra como terror propriamente dito, mas como um “terrir” – subgênero que combina terror com elementos cômicos exagerados e jocosos. Em Terrifier 3, o nível de absurdidade é tão elevado que o resultado se torna mais cômico do que assustador.

Ao final, Terrifier 3 é exageradamente infantil, sempre tentando chocar com cenas de mortes absurdas. No entanto, essa combinação de humor absurdo e infantilidade concede ao filme certo charme e uma condução curiosa. Nada faz sentido ou é coerente, mas, em um filme sobre um palhaço assassino que mata crianças de maneiras desvairadas, por que haveria de ser lógico? O que resta é um slasher convencional com um novo antagonista – ou talvez protagonista – que representa uma nova fase do gênero. Estreia em 31/10 distribuído pela Diamond Films.

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