Vago pelas areais, errante sob o calor escaldante. Meus pés descalços procuram o mar,
no vai e vem das ondas sem descanso encontram… O frescor das águas, que ao toque
leve banham, refrescam, encorajando o meu caminhar
Fecho os olhos, sinto a intensa luz da lâmpada-Sol a iluminar o dia, sobre o leito de flores,
que procuram a sombra… Como a lua procura a noite, entre as estrelas e nuvens para
declamar o seu amor.
No arrebatar das ondas em marolas, segredos escorrem por entre os lábios
Das sereias, virgens puras do mar que me fazem sonhar… E no abrir do céu, entre as nuvens
desponta um anjo, acompanhada dos raios d’alvorada.
Caminha em minha direção e, de mãos dadas nos banhamos nas ondas e espumas
Do mar que nos arrefecesse do frenesi, ao sentir o toque, das mãos que se entrelaçam e,
Em silêncio, compõem a linguagem dos amantes…
Sua tez rosa ao desmaiar branca como os lírios-do-mar, os seios desnudos palpitando
Por minhas mãos e beijos. Entre todas as vertigens que um dia cheguei sonhar, fostes
A mais bela, a mais pura.
E ao acordar, apenas uma frase, um alento,
Por ti, não iria mais acordar
Ou…
De amor! Morreria sorrindo.
