Poesia | Morreria sorrindo

Poesia | Morreria sorrindo

Vago pelas areais, errante sob o calor escaldante. Meus pés descalços procuram o mar,

no vai e vem das ondas sem descanso encontram… O frescor das águas, que ao toque

leve banham, refrescam, encorajando o meu caminhar

Fecho os olhos, sinto a intensa luz da lâmpada-Sol a iluminar o dia, sobre o leito de flores,

que procuram a sombra… Como a lua procura a noite, entre as estrelas e nuvens para

declamar o seu amor.

No arrebatar das ondas em marolas, segredos escorrem por entre os lábios

Das sereias, virgens puras do mar que me fazem sonhar… E no abrir do céu, entre as nuvens

desponta um anjo, acompanhada dos raios d’alvorada.

Caminha em minha direção e, de mãos dadas nos banhamos nas ondas e espumas

Do mar que nos arrefecesse do frenesi, ao sentir o toque, das mãos que se entrelaçam e,

Em silêncio, compõem a linguagem dos amantes…

Sua tez rosa ao desmaiar branca como os lírios-do-mar, os seios desnudos palpitando

Por minhas mãos e beijos. Entre todas as vertigens que um dia cheguei sonhar, fostes

A mais bela, a mais pura.

E ao acordar, apenas uma frase, um alento,

Por ti, não iria mais acordar

Ou…

De amor! Morreria sorrindo.

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