Poesia | Canção ao mar

Poesia | Canção ao mar

Ao ver o navio, no cais, partindo

Correu, conseguindo embarcar seus sonhos

No apito estridente o mar se abrindo

Seguiram os seus segredos-tristonhos.

Seu corpo, ainda frio e molhado

Respinga, água salgada ou apenas suor

Não sabe? Se sonhou ou estava acordado

Talvez, seja mais sábio fingir melhor.

O navio se perde nas cinzas brumas

A noite chega em companhia do vento,

Que assustam as pequenas aves sem plumas

Uivando. chorando como virgens no convento.

Tenta em vão resgatar os seus sonhos-segredos

Do louco, impensado gesto insano

Mas, seus pés afundam no agitado mar ufano

Suas mãos, não alcançam o navio em direção aos rochedos.

Só lhe resta despertar, orar e chorar

Esperar que o revolto mar se arrefeça

Depois, olhar ao mundo e deixar de culpar

Todos, quando, na verdade, apenas um mereça.

Somente ele…

Deixe um comentário