Crítica | Filme | Herege

Crítica | Filme | Herege

Quando não há espaço para o terror, surge a discussão. Essa é, em resumo, a essência de Herege, cuja trama acompanha duas jovens mórmons sequestradas por um sombrio dono de casa.

A obra não coloca o horror em primeiro plano. Em vez disso, oferece ao espectador questões que podem ser debatidas ou simplesmente ignoradas conforme a narrativa se desenrola.

Dessa forma, o filme cria um clima de suspense apenas como ponto de partida, para, em seguida, explorar temas relacionados à religião e suas nuances.

Hugh Grant interpreta o contraponto às protagonistas, assumindo o papel não apenas de antagonista, mas de um ateu questionador, que traz à sua atuação um tom cínico e quase caricato.

Ao final, Herege é mais uma troca de ideias e contrapontos lançados entre personagens, com um fundo de terror que evita a monotonia, graças à complexidade das camadas e à condução cuidadosa dos pontos de vista conflitantes. O filme estreia em 14/11 distribuído pela Diamond Films.

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