Crítica | Filme | A Favorita do Rei

Crítica | Filme | A Favorita do Rei

A produção francesa A Favorita do Rei narra a jornada da jovem camponesa Jeanne Vaubernier (Maïwenn) rumo à Paris do século XVII. Dona de beleza ímpar, desde sua mais tenra foi preparada para fazer desse atributo sua maior qualidade. E usá-lo como arma para atingir seu objetivo.

Mas isso não faz dela uma pessoa maquiavélica. É que nessa época havia pouco espaço para a ascensão social de uma mulher se não fosse pelo interesse de um nobre em tê-la como cortesã. Uma camponesa dificilmente se casaria com um nobre, ainda que Jeanne fosse alfabetizada e tivesse um bom olho para arte.

Ela acaba chegando à corte do Rei Luís XV (Johnny Depp, gastando seu francês!) e conquista seu lugar como cortesã. Mas o relacionamento dos dois tem uma química única e Jeanne passa a ocupar lugar de destaque na corte e no coração do rei. Para desgosto de muita gente, principalmente das filhas do regente francês.

O filme, roteirizado, dirigido e estrelado por Maïwenn é um conto de amor e de história francesa. Jeanne, que depois se tornaria Madame du Barry, foi tão popular quanto o próprio rei apesar do triste destino que teria com a chegada da Revolução Francesa.

Reconstituição de epoca, cenários e cenografia são impecáveis em A Favorita do Rei. Sua fotografia é belíssima, de encher os olhos, e nem poderia ser diferente, para tirar o melhor proveito das locações. Com a iluminação também de época, ou seja, cenas noturnas à luz de velas.

Interessante como Jeanne inicialmente tenta fugir ao seu destino. Ou ao menos deixá-lo mais confortável. Cotudo, mas como diria um dos nobres da corte, ela não passa de uma puta ignorante e deve cumprir seu papel. O papel de uma bela mulher no século XVIII.

Estranho ver Johnny Depp sem maquiagem e trejeitos e ainda falando francês. Entetanto, é bom ver que ele ainda tem talento para além de Jack Sparrow e polêmicas.

Estreia em 28/11 distribuído pela Mares Filmes e Alpha Filmes.

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