Allen Leech é um ator irlandês conhecido por sua versatilidade em papéis que transitam entre o drama e o suspense. Seu talento conquistou o público em Downton Abbey, onde interpretou Tom Branson, um motorista que desafiou barreiras sociais para se tornar parte da aristocracia britânica. Agora, Leech dá um passo ousado em sua carreira ao viver Elliot, um milionário complexo e manipulador em sua nova produção, a série Captivated, do Universal+.
Nesta entrevista, ele compartilha detalhes sobre a série, os desafios de interpretar um personagem tão enigmático e suas reflexões sobre o fascínio das pessoas por histórias carregadas de tensão e mistério. Entre relatos de bastidores e insights sobre a trama, Leech revela por que seu novo trabalho promete prender a atenção do público até o último momento. Confira!
CriCríticos – O que você poderia falar sobre a série e o que acha que vai atrair o público para assisti-la?
Allen Leech – Acho que a história fica interessante quando o mundo de Elliot, meu personagem, cruza com o de Rachel. Tudo o que ela desejava para uma vida melhor parece se realizar como em um sonho. Mas nada é o que parece. Acho que o público vai se envolver porque percebe que algo está errado. Vai pensar: “Não passe por essa porta”. E, quando ela passa, você continua assistindo para descobrir o que acontecerá a seguir.
CriCríticos – Você foi o motorista de uma família aristocrática em Downton Abbey e agora interpreta um milionário com problemas complexos.
AL – Acho que é por isso que escolhemos atuar. Você coloca sua mente e corpo em um personagem completamente diferente do que já fez antes. E Elliot, com certeza, é muito diferente de Tom, de Downton Abbey. Ter a oportunidade de interpretar alguém com posses e poder, que manipula todos ao seu redor e cria uma persona que não é real, é fascinante. É um personagem extremamente divertido de interpretar.
CriCríticos – Por que as pessoas são fascinadas por histórias como essa?
AL – Acredito que seja porque elas querem sentir medo e tensão, mas em um ambiente controlado, como o conforto de casa. Quando você começa a sentir isso, assiste até o final, desliga a TV e vai dormir (risos). É algo seguro. As pessoas veem uma história como essa e se perguntam: “O que eu faria em uma situação assim?” É puro escapismo, pois sabem que é ficção.
CriCríticos – A locação é incrível. Onde vocês filmaram?
AL – Filmamos na Irlanda, em uma região próxima a Dublin, além de algumas cenas no estúdio, em Londres. Mas a casa na Irlanda, onde gravamos, era realmente deslumbrante.
CriCríticos – Como foi trabalhar com Kara Tointon, que interpreta Rachel? A química entre vocês funciona bem?
AL – Ela é fantástica. Foi a primeira vez que trabalhamos juntos, mas quase colaboramos antes, em uma leitura de peça teatral há cerca de dez anos. Gostei muito de trabalhar com ela. Kara tem uma personalidade ótima, assim como Charlie Hodson-Prior, que interpreta o filho de Rachel.
CriCríticos – O que te atraiu para esse projeto?
AL – Adoro trabalhar com personagens que têm problemas de personalidade, sejam inseguranças ou traumas de infância. Trazer esses aspectos para a produção, refletidos no comportamento, charme e poder do personagem, foi muito interessante. Aos poucos, Elliot revela ser alguém muito complexo, o que é empolgante de explorar como ator.
CriCríticos – Elliot é alguém que gosta de controlar tudo ao seu redor. Não parece um personagem que poderia ter saído do livro 1984, de George Orwell?
AL – Sim, definitivamente. Quando observamos como a sociedade está caminhando hoje, o livro parece cada vez mais real. Trabalhar essa ideia em Elliot foi algo que me atraiu. No mundo das redes sociais, por exemplo, vemos pessoas tirando selfies e sorrindo, mas o que acontece depois da foto nem sempre corresponde àquela imagem. É o que está por trás da foto que realmente me interessa explorar.
