Poesia | Luzir dos amantes

Poesia | Luzir dos amantes

A tarde ardia aos raios do sol no leito da delicada gueixa, branca como a lua, os lençóis de seda dobravam-se ao farfalhar dos amantes em transe.

O sol se cansa, abrindo a porta para a lenta noite que chega sonolenta, para tudo recomeçar.

O muro coberto de sombras, qual prisão das trevas, desaba sob os amantes em trégua, deixando só uma pequena fresta, por onde brilha um facho do luar.

Os olhos fechados, as bocas secas, corpos nus expostos, a fala quebra o silêncio imposto pelo cansaço.

Amantes para sempre, eu de você, você de mim, nada, ninguém irá nos separar.

Vamos amado poeta, menestrel do amor, vamos cantar, luzir na imensidão do infinito horizonte, brilhar como um farol.

Eu verterei meus raios de sol, você seus versos-raios de estrelas.

E abraçados amaremos até o final dos tempos.

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