Crítica e público se surpreenderam com a série O Pinguim, baseada no personagem da DC Comics e a visão dele dentro do filme The Batman, dirigido por Matt Reeves e estrelado por Robert Pattinson. Com o ator britânico Colin Farrell reprisando o personagem do filme, a série ganhou uma dimensão mais intimista, ao mostrar os bastidores da ascensão do personagem no mundo do crime de Gotham City.
Não por acaso, O Pinguim recebeu três indicações para o Globo de Ouro, nas categorias minissérie/antologia/telefilme; atriz em minissérie/antologia/telefilme (Cristin Milioti); e ator em minissérie/antologia/telefilme (Colin Farrell).

CriCríticos esteve na coletiva de imprensa da série O Pinguim (disponível no Max), com Colin Farrell, Cristin Milioti e a diretora geral Lauren LeFranc. Seguem os destaques desse encontro.
Lauren sobre o Pinguim sem o Batman
“Eu sabia que este era o mundo de Oz, o submundo criminoso de Gotham, personagens que são criados e expandidos a partir dos quadrinhos nas ruas de Gotham. Acho que o que foi mais desafiador, é garantir que os personagens sejam dinâmicos o suficiente e interessantes o suficiente, para que você envolva o público e os mantenha querendo assisti-los. E eu senti fortemente que se fizéssemos nosso trabalho, junto com atores incríveis como Cristin Milioti e Colin Farrell, criando personagens ricos, vivos e cativantes, não importaria que o Batman não estivesse nesta série. Essas são as jornadas emocionais dos personagens, essas são as decisões que eles estão tomando. Eu meio que segui com o que senti que os personagens fariam nesses diferentes momentos e tentei contar nossa história da forma mais impactante possível”.
Cristin sobre Sofia Falcone

“Uma das minhas coisas favoritas em nossa série é, claro, ver que essas pessoas estão fazendo coisas terríveis (risos). Mas você entende de onde isso vem, e o que Sofia faz é horrível, e ainda assim, mesmo sabendo que ela não está finalmente livre, mas gosta de respirar… E só consegue fazer isso depois que ela, literalmente, acaba com todo mundo e dança em seus túmulos (risos). Eu simplesmente achei isso brilhante”.
Colin sobre ser o Pinguim

“Foi divertida a jornada de exploração. Andar pelo meu quarto de hotel mancando e achar o tom de voz dele. Tenho uma treinadora de dialetos, Jessica Drake, com quem trabalhei em sete ou oito projetos ao longo dos anos. Trabalhamos cerca de dois meses antes de filmarmos The Batman. Jessica tem um acervo de sotaques e dialetos diferentes de todo o mundo. Ouvimos uma pilha de fitas, todas baseadas na área de Nova York, e focamos neste senhor, que era o gerente de um prédio no Bronx nos anos 70. Sua voz se tornou uma espécie de meu guia. Então, foi só juntar as diferentes peças do quebra-cabeça. O tom de voz, os primeiros testes de maquiagem que fizemos antes de filmar The Batmam, definir o jeito do Pinguim andar, e trabalhar com os figurinos extraordinários da Helen Huang. Ela fez os figurinos da série e teve um trabalho muito difícil porque teve que pegar o modelo do filme, e adapta-lo para a série. Sabe, o filme está mais nos escalões mais altos da sociedade e o show está na sarjeta. A Helen teve que unir esses dois mundos e também criar um monopólio de visuais e designs diferentes. Um trabalho surpreendente”.
Lauren sobre o Pinguim

“Estou tão impressionada com as performances neste show, e que presente, porque eu acho que o tom do show poderia dar muito errado. É um equilíbrio complicado, todos são um pouco elevados, mas também são extremamente humanos. E se algum dos nossos atores fosse longe demais, você não conseguiria mais ter empatia por eles. Mas seguir essa linha, tentar encontrar esse equilíbrio de que este é um show muito humano e real. E ainda assim sabemos que estamos em Gotham City. E sabemos que esses personagens são um pouco maiores do que todos, mas você quer acreditar, como público, que você poderia imaginar tomar algumas dessas decisões sozinho, onde você entende pelo menos por que eles fazem isso”.
Colin sobre o trabalho de Lauren
“O que ela criou foi tão específico em termos de tom e permitiu aqueles momentos de graça, de honestidade e humanidade, enquanto tínhamos esse tipo de situações dinâmicas consistentemente elevadas neste mundo, muito intenso, muito feio e muito grotesco, em que todos nós nos envolvemos. Estava tudo lá, no texto”.

2 comentários sobre “O Pinguim: 1ª série focada em vilão da DC agrada fãs”