Crítica | Filme | Duna: Parte 2

Crítica | Filme | Duna: Parte 2 (reestreia)

Já falamos aqui no CriCríticos que Duna: Parte 2 retorna aos cinemas brasileiros entre os dias 27 de fevereiro e 6 de março, celebrando suas cinco indicações ao Oscar 2025. O filme dirigido por Denis Villeneuve concorre em categorias como melhor filme, melhor design de produção e melhores efeitos visuais.

Essa estratégia da Warner de relançar alguns de seus títulos já vem acontecendo pontualmente há algum tempo. Basta lembrar de Interestelar, Seven e Batman, entre outros.

Quando a segunda parte de Duna estreou, escrevi a crítica abaixo, sem saber que o filme arrebentaria nas bilheterias e que sua minissérie seria uma série. Acho que o texto não envelheceu tanto. Confira a seguir:

Eu lembro que depois de assistir Matrix (1999) e descobrir que teríamos uma trilogia, fiquei empolgado demais com a oportunidade de testemunhar o eterno galgar de degraus ao qual a Sétima Arte se submete. Sempre elevando o sarrafo, fazendo com que o espectador conte os dias para um próximo filme no porte de Matrix.

Curiosamente, nem sempre as continuações correspondem às expectativas do público. Este não é o caso de Duna: Parte 2, que a Warner Bros. Pictures entrega ao circuito nacional em 29/2.

O filme do diretor canadense Denis Villeneuve (Blade Runner 2049) é tudo o que se esperava de uma nova adaptação para a obra de Frank Herbert. Méritos, portanto, ao próprio Villeneuve, que assina o roteiro ao lado de Jon Spaihts, o mesmo da primeira parte e também de Doutor Estranho, por exemplo.

O filme de David Lynch

Não se enganem. Continuo curtindo bastante a versão de Duna de 1984, dirigida por David Lynch. Por mais que digam que seus efeitos eram toscos, que o roteiro estava cheio de buracos e coisa e tal. Era o que poderia ser feito na época. Tipo as tentativas com os heróis da Marvel ou mesmo com a obra O Senhor dos Anéis antes do avanço do CGI.

Contudo, para quem vive dos filmes há tantos anos, é bom ver o cinema andando para frente. Duna: Parte 2 não chega a subir um degrau inteiro na escala do entretenimento, mas ficou bem perto disso. Sem meias palavras: é diversão garantida em todos os quesitos.

A promessa – se é que houve essa formalização – de deixar bem para trás a versão anos 1980 foi cumprida. Tal e qual a profecia que falava da ascensão de Paul Muad’Dib Atreides como o Escolhido para libertar Arrakis dos grilhões do Império.

Parte 3 em desenvolvimento

Duna: Parte 2 ainda é a adaptação do primeiro livro de Frank Herbert, que foi dividido praticamente ao meio. Restam outros quatro e a Parte 3 está em desenvolvimento para o cinema. Há também uma minissérie prevista.

Sabendo disso – e sem dar spoilers -, fica fácil concluir que a Parte 2 de Duna termina com gosto de quero mais.

A Casa Atreides foi destruída em Arrakis e Paul (Timothée Chalamet, de Wonka) e sua mãe (Rebecca Ferguson, de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1). Os Harkonnen tentam espremer toda a especiaria de Duna, contudo, os Fremen formam uma oposição de guerrilha, dificultando a operação. Para desespero do Imperador (Christopher Walken).

Enquanto luta contra os Harkonnen, Paul nega seu destino como Lisan al Gaib, o Messias de Duna. E tenta ser aceito pelos Fremen e pelo coração de Chani (Zendaya, de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa).

Dunas diferentes

Parto do princípio de que se um filme é baseado em livro, não deve contar exatamente a mesma história. Daí a necessidade de adaptação. E isso, Jon Spaihts e Denis Villeneuve fizeram bem. Há elementos do livro presentes e mesmo do primeiro filme. Particularmente, sinto falta daquelas armas de projeção da voz. Mas esse sou eu.

Em suma, Duna: Parte 2 é um belíssimo de um espetáculo. Não apenas visual, com cenas embasbacantes (procure uma boa tela para assisti-lo, ok?). Mas também sonoro, com uma trilha que dá personalidade ao filme. A duração, que poderia sempre ser uma questão, até que passa rápido. Mas alivie a bexiga antes de acomodar-se.

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