Um dos álbuns mais aclamados pela crítica e pelo público dos últimos anos, The Turning Wheel (2021) parecia fazer o impossível: energizar o pop barroco no melhor estilo Kate Bush possível. O resultado foi, de fato, uma obra que prova seu valor e habilidades únicas de ser acessível e nostálgica até hoje.
Sua continuação, Portrait of My Heart, é exatamente o oposto. Aposta em camadas mais rockistas do que nunca. Soa mecânico diante da construção desse tema musical que pouco surte efeito. É cansativo de ouvir e está longe de relembrar os momentos de pura emoção que Chrystia, de forma potente, buscou transmitir.
O pior do rock…
O mais próximo disso é a faixa “Drain”, que relembra uma certa psicodelia construída por meio de bateria frenética e vocais sem direção. No entanto, falha em transmitir qualquer emoção. Soa forçado e logo depois, “Satisfaction”, é abafada por acordes tão claros que nos lembram o pior tipo de rock que existe — e que você ouvirá aqui.
