Artista em ascensão, Rachel Chinouriri aposta no rock como o futuro de sua carreira. Ela está certa? Não sabemos. O rock é — quase como sempre — muito chato, apático e sem graça. Raquel, no entanto, chama a atenção por se desviar de tudo isso — seu som em Little House caminha para direções mais acústicas, calmas, antes de explodir de fato.
Imagine uma artista negra que deposita suas narrativas em acordes estridentes de guitarra — nada pode ser mais punk do que isso. E que o faz com a devida atenção, encarnando a personalidade necessária para dar identidade a um gênero que, quanto mais se afasta do mainstream, melhor fica.
Indie rock inofensivo
Little House pende para essa força mais diacrônica do que o rock alcança em espaços mais ou menos comerciais. Aqui pode ser visto como um indie rock inofensivo, com atitude punk. Seus momentos marcantes, como “Indigo”, tentam imprimir um som mais pesado, quase dissonante, e que dá excelentes contornos emocionais aos temas abordados.
