Crítica | Música | Sincerely,

Crítica | Música | Sincerely,

O jeito que Kali Uchis canta em Sincerely, é diferente de tudo que ela já havia feito anteriormente. Parece que, ao fixar-se no inglês, sua própria voz assumisse uma necessidade de soar lírica como soaria se fosse em espanhol. Esse esforço da artista faz com que o álbum ganhe contornos melódicos e líricos quase surreais.

Uchis também está mais melosa do que sempre esteve. Sua leveza é nítida e combina com a ideia de trazer uma sinceridade em tudo o que toca – é mágico. A coisa mais interessante, em certa medida, é Sincerely, dialoga o tempo todo com Isolation (2018), o melhor álbum dela de longe.

A nítida diferença

Pode ser que haja um conflito de fórmulas anteriormente usado por ela na construção de faixas impregnadas de um R&B feito de veludo, e atmosfera neo-soul. É no entanto na voz, no jeito de cantar como se estivesse suplicando, que está a diferença. E que baita diferença.

3/5

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