A maneira mais raṕida de explicar Missão: Impossível – O Acerto Final (ou Missão: Impossível 8) é que se trata de um mais do mesmo com 2h49 de duração. Crítico se pega nessas coisas porque fica o aviso: deixe sua bexiga bem vazia se não quiser perder nenhuma cena!
Durante a cabine de imprensa do filme, vi muita gente indo apressada ao banheiro… Espero que esses minutos de banheiro não façam falta para eles… hehe
Não se iludam com esse começo de crítica nu e cru. Missão: Impossível – O Acerto Final é o que é e se você vai comprar ingresso esperando altas reflexões, sugiro reconsiderar a compra. Ou seja, é tudo que se espera de um Missão: Impossível, ação do começo ao fim com cenas espetaculares e sem CGI.
Isso é toda a base de operação de Tom Cruise em seus filmes: realizar proezas (impossíveis, claro!) sem uso de CGI. O máximo que vai acontecer é remover um ou outro cabo de segurança. Mas o cara, não é novidade, faz questão de tentar passar o máximo de verdade nessa cenas. Se é possível dizer isso de uma arte que ilude nossos olhos por definição (24 quadros por segundo, lembra?).
Então, não será de estranhar se você se pegar no meio do filme se mexendo na poltrona em reação ao que está vendo na tela. Ou prendendo a respiração, no meu caso. Mas eu sou vítima fácil para esse tipo de história.
Por falar em história, é possível ver que os roteiristas (dentre eles o próprio diretor, Christopher McQuarrie) se esforçaram para oferecer algo diferente do que já havia sido contado nos filmes anteriores. Não no sentido da trama em si, que é óbvia. Ethan Hunt (Tom Cruise) e sua equipe tentam deter A Entidade de iniciar uma guerra nuclear global. Ao mesmo tempo, procuram impedir que o vilão Gabriel (Esai Morales) controle A Entidade, enquanto evitam contato com o diretor da CIA Kittridge (Henry Czerny), vellho conhecido de Hunt e desavença confessa.
O ponto aqui e em qualquer filme não é necessariamente a história que se conta, mas como se conta. Esse plot principal não traz novidade, como disse, mas tudo que surge ao redor dele foi bem pensado, para dar a amarração devida.
Assim, além de várias cenas e várias menções das Missões anteriores, M:I8 reintegra personagens já conhecidos, diz adeus a outros e abre as portas para o futuro com sangue novo. Sim, porque Tom Cruise parece estar muito longe na aposentadoria nos filmes de ação. Até já se fala no terceiro Top Gun…
Não à toa, ele reina absoluto como o grande nome dos filmes de ação do cinema americano há algum tempo. Esta é sua paixão declarada e sua forma física ainda permite pilotar aviões, mergulhar, pular de paraquedas, etc. E é isso. Entretenimento puro e honesto. Se o espectador sabe o que o aguarda nesse oitavo filme da franquia, não sairá desapontado.
Bom lembrar que elenco ainda temos Hayley Atwell, Ving Rhames, Simon Pegg, Pom Klementieff, Holt McCallany, Janet McTeer, Nick Offerman, Hannah Waddingham, Angela Bassett e Shea Whigham, entre muitos outros.
Também vale dizer que a franquia é baseada na série de televisão criada por Bruce Geller, com música-tema imortal composta por Lalo Schifrin. Estreia em 22/5 distribuído pela Paramount.

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