Crítica | Filme | Terra à Deriva

Crítica | Filme | Terra à Deriva

Lançado em 2019, Terra à Deriva é uma superprodução chinesa dirigida por Frant Gwo que se inspira em clássicos da ficção científica e do cinema-catástrofe como Sunshine – Alerta Solar (Danny Boyle), O Núcleo (Jon Amiel), 2012 (Roland Emmerich), Elysium (Neill Blomkamp) e até O Dia Depois de Amanhã, também de Emmerich.

A trama se passa no ano 2500, quando o Sol entra em colapso e ameaça engolir a Terra. Para salvar o planeta, uma coalizão internacional desenvolve um plano audacioso: instalar propulsores gigantes para mover a Terra para fora do sistema solar em direção a um novo lar. O problema é que Júpiter entra na rota e se torna um novo risco de colisão. Enquanto isso, a superfície terrestre congela, e desastres naturais se espalham pelo globo.

Com bons efeitos visuais, fotografia caprichada e um ritmo acelerado, o longa impressiona tecnicamente. Wu Jing, conhecido por Lobo Guerreiro, lidera o elenco em uma produção que coloca a China no mapa das grandes ficções científicas contemporâneas.

No entanto, o roteiro peca ao tentar inserir um drama familiar entre pai e filho que soa mal desenvolvido e deslocado. A tentativa de humanizar a narrativa enfraquece diante da escala épica da ameaça global. Faltou aprofundamento na construção emocional dos personagens, o que limita o impacto dramático da história.

Ainda assim, Terra à Deriva é um filme visualmente ambicioso que traz reflexões sobre a crise ambiental e críticas sutis ao sistema político global. Mesmo com suas falhas, é uma obra que merece ser conferida, principalmente pelos fãs do gênero. Disponível na Netflix.

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