Crítica | John Wick 4: Baba Yaga

Crítica | Filmes | John Wick 4: Baba Yaga

O leitor do Jornal 140 tem acompanhado com expectativa a chegada de John Wick 4: Baba Yaga aos cinemas. Quando Keanu Reeves veio ao Brasil divulgar o filme, o furor talvez tenha atingido o seu ápice. O ator é um daqueles poucos que parece agradar a todos os públicos e não sofrer rejeição. Uma benção nos dias de hoje, convenhamos.

Keanu tem aquela pinta de boa praça e teve sua carreira marcada por papéis icônicos como Neo, na saga Matrix, e Constantine, que ainda espera um segundo filme. John Wick se encaixa nesse padrão. O personagem nasceu em 2014 em John Wick – De Volta ao Jogo, pelas mãos da Lionsgate. Filme redondo e bem charmoso que apresentou esse assassino, o tal Baba Yaga, ao mundo. E fez a mala de dinheiro! Uma continuação era questão de detalhes.

A direção dos quatro filmes coube a Chad Stahelski, também ator/dublê, que ditou o ritmo de toda a franquia. E cunhou o tal John Wick mode, sequência de ação onde o personagem mata y mata exibindo todos os seus recursos profissionais em cenas muito bem coreografadas. No quarto filme ele também é produtor executivo, o que lhe conferiu bastante liberdade na criação.

John Wick mode

E o que ele criou? Um filme com quase três horas de duração onde o John Wick mode come solto em estilos nunca antes imagináveis, justiça seja feita. Se os fãs queriam ver muito mais do mesmo, essa é a oportunidade. Tirando proveito da boa desenvoltura de Keanu Reeves para essas lutas coreografadas, Stahelski eleva a matança à enésima potência. A sequência na escadaria francesa chega a enjoar, confesso.

Em John Wick 4: Baba Yaga, nosso assassino de aluguel predileto vê que a recompensa por sua cabeça está aumentando rapidamente. O empenho do Marquês de Gramont (Bill Skarsgård) para que isso se concretize é tremendo. Ele mobiliza todas suas forças e até chantageia outro assassino (Donnie Yen) para eliminar Wick. A ele resta uma última e perigosa cartada: desafiar o Marquês segundo antigos rituais da Cúpula. Para isso, John precisará voltar a suas origens e aliar-se a desavenças confessas, como Winston (Ian McShane). E amigos de ocasião (Laurence Fishburne).

Baba Yaga chega ao fim?

John Wick ainda tem no elenco Lance Reddick, falecido recentemente, Hiroyuki Sanada (Trem-Bala) e Shamier Anderson, entre outros. A nova aventura do Bicho-Papão viaja pelo mundo em cenários incrivelmente estilizados. O tom de exagero nas cenas de ação pode cansar o público na poltrona. Que ainda tem que esperar por intermináveis créditos para conferir uma cena que pouco acrescenta ao filme. Contudo, pode ser a porta de entrada para os spin-offs que estão por vir, a série The Continental e o longa-metragem Bailarina (Ballerina).

A Paris Filmes distribui John Wick 4: Baba Yaga nos cinemas brasileiros em 23 de março.

Um comentário sobre “Crítica | Filmes | John Wick 4: Baba Yaga

Deixe um comentário