A Netflix estreia no dia 10 de junho o documentário Desastre Total: Festival Astroworld. O especial volta a 2021, quando um show de Travis Scott em Houston se transformou num desastre que custou a vida de dez pessoas e deixou centenas de feridos.
Não é o primeiro caso de evento que se transforma em tragédia. E é aí que entram os documentários que dão voz à vítimas, agentes de segurança, autoridades e artistas analisando os fatos e apontando os erros que levaram à morte de pessoas que só pensavam em se divertir. Por mais doloroso que seja rever o que aconteceu, isso pode levar à uma conscientização que evite novos desastres.
Criado por Travis Scott, rapper natural de Houston, o Astroworld Festival surgiu em 2018 como evento anual. Em 2021, o festival ocuparia duas noites com uma audiência esperada de cem mil pessoas, público mais tarde reduzido para 50 mil.
A alteração, no entanto, não foi o suficiente para impedir a tragédia. Ao longo do dia 5 de novembro, enquanto o público formava filas em torno do NRG Park, começaram a surgir relatos de brigas, crowd surfing, grades derrubadas, cercas cortadas e uso de fogos de artifício, com os primeiros casos de feridos sendo levados aos hospitais.
A situação apenas piorou com a proximidade do show de Scott. Quando o rapper começou sua apresentação, a multidão avançou, esmagando quem estava mais perto do palco. Enquanto alguns tentavam escapar pulando a grade de proteção, outros eram pisoteados e pessoas gritavam pedindo ajuda médica.
O documentário reconstrói os eventos daquele dia a partir de cenas filmadas pelo público, ligações para o 911 e depoimentos de sobreviventes e familiares das vítimas, além de revelar o resultado do processo judicial contra Scott e outros cinco acusados.
A série Desastre Total inclui ainda um episódio sobre o concerto de Woodstock e a história de um cruzeiro marítimo que deixou quatro mil passageiros à deriva. Sem energia e sem encanamento devido a um incêndio, a viagem ganhou o nome de Cruzeiro do Cocô.
