Poesia | Minha triste poesia

Poesia | Minha triste poesia

Perdoa-me, tu és razão dos meus sonhares

Entreguei meu coração versar amando,

Eu que sempre sonhei beijo te roubando

Choro a vergonha dos meus castos pudores.

De meus tristes olhos repletos de nostalgia

Não hás de escutar meu silente lamento,

Tu és a pedra fria do meu desencanto

Luto para deixar vida efêmera de hipocrisia.

Morro de tanta dor, anelo teu amor senhora

O meu peito explode visões além-mares,

Aguardo dia e noite, luzir nova aurora.

Na pálida luz da lua, qual dor sombria,

Fria amante de tantas vertigens lunares;

Meu ser se esvai, tento conter a agonia.

Meus dias são tristes quanto o inverno,

No despertar longe de teus lábios

Minha vida se perde no fluxo dos rios.

Do morto que tu me fizeste subalterno.

No soluço dos esquecidos te encontro

Quais crianças que perderam a gincana.

Se desesperam banhadas em prantos,

Eu sigo tonto rastejando como iguana.

Dentre o ressuscitar dos amantes,

Qual lufar o vento carregado de adeus.

Corroendo e partejando almas errantes

Escrevo versos que não são meus.

No coibir transformaram minha alma

Em retalhos – pedaços de melancolia.

Que vive no refúgio a procura da calma

Se aquiesce entre favos minha triste poesia.

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