Cada novo disco de Natalia Lafourcade é um passeio, seja por suas raízes culturais mexicanas, seja por sua carreira extensa e extremamente rica. Seu novo álbum, Cancionera, faz esse exercício como nenhum outro e, talvez por isso, soe tanto como uma homenagem a si mesma.
Isso, no entanto, não a impede de ir além em sua reinvenção. Há aqui muitos arranjos instrumentais verdadeiramente genuínos em seus contextos, como se fossem construídos por um grupo de artistas dispostos a dar corpo às canções de Natalia, que percorrem diferentes estilos ao longo de mais de uma hora de duração.
Um diário de paixão
Embalado por flamenco, salsa e bolero, Cancionera trabalha com habilidade os temas do amor. Faixas como “Amor Clandestino” chamam atenção por soar como um clássico que atravessa o tempo, em um ritmo guiado por tons tradicionais e vocais que suplicam seus sentimentos, é uma das músicas mais lindas de 2025.
