In Memoriam – Lalo Schifrin (1932 – 2025)

In Memoriam – Lalo Schifrin (1932 – 2025)

Com mais de cem trilhas compostas para o cinema e a TV, Lalo Schifrin faleceu, segundo informou hoje seu filho, o diretor Ryan Schifrin. Lalo nasceu em 21 de junho de 1932, em Buenos Aires, filho de Luis Schifrin, que foi spalla da Orquestra Filarmônica da capital argentina. O jovem músico estudou música clássica desde cedo, indo finalizar sua formação no início dos anos 1950, em Paris.

Além da música clássica, que o auxiliou na composição de trilhas, Lalo também atuou como pianista de jazz, integrando lendárias bandas de nomes como Dizzy Gillespie, Sarah Vaughan, Ella Fitzgerald, Stan Getz, Count Basie, Jon Faddis, James Moody, Louie Bellson e Kenny Burrell. Ele também esteve à frente da Sinfônica e da Filarmônica de Londres, da Orquestra Sinfônica de Viena, das Filarmônicas de Los Angeles, de Israel, do México, de Sydney e da Orquestra de Câmara do Lincoln Center.

Como compositor, destacou-se a partir dos anos 1960, imprimindo seu estilo musical em filmes como A Mesa do Diabo (1965), Rebeldia Indomável (1967), Meu Nome é Coogan (1968) e o clássico policial Bullitt (1968), estrelado por Steve McQueen.

Nos anos 1970, criou trilhas para Os Guerreiros Pilantras (1970), O Estranho que Nós Amamos (1971), THX 1138 (1971), Perseguidor Implacável (1971) e todos os outros filmes da série com o personagem Dirty Harry, vivido por Clint Eastwood. Também assinou a trilha de Operação Dragão (1973), O Exorcista (1973, em versão rejeitada) e Terror na Montanha Russa (1977). Nos anos 1990, destacou-se com a trilha da trilogia A Hora do Rush, estrelada por Jackie Chan e Chris Tucker.

Na televisão, compôs temas memoráveis para O Agente da U.N.C.L.E. (1965), Dr. Kildare (1965), Missão: Impossível (1966), Mannix (1967), Centro Médico (1969), O Sexto Sentido (1972), O Planeta dos Macacos – A Série (1974), Petrocelli (1974), Bronk (1975) e Starsky e Hutch – Justiça em Dobro (1975).

Lalo Schifrin recebeu quatro prêmios Grammy em 19 indicações ao longo de 40 anos de carreira. Foi indicado três vezes por seu trabalho na série Missão: Impossível. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas também o reconheceu com indicações pelas trilhas de Golpe de Mestre II, A Competição, Horror em Amityville, A Viagem dos Condenados, A Raposa e Rebeldia Indomável. Em 2019, recebeu um Oscar Honorário pelo conjunto da obra.

Sua trilha mais reconhecida foi revitalizada em 1996, quando Tom Cruise e Brian De Palma levaram Missão: Impossível ao cinema. Desde então, a música de Schifrin tem sido utilizada em todos os filmes da franquia.

Uma trilha memorável para um autor que deixará saudades por sua genialidade musical.

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