O Urso do Pó Branco é, de longe, o melhor entretenimento que estreia em 30 de março. Significa dizer que o melhor filme da semana? Não. Ou que vai arrebentar nas bilheterias? Bem, essa eu não me arriscaria a responder. Porque o filme distribuído pela Universal Pictures corre meio que como azarão, sem pressão dos lados. Não tem nenhum filme de porte que possa rivalizar com ele. E como se trata de um terror com toques de comédia. Ou comédia com toques de terror, deve achar público facilmente.
O filme dirigido pela atriz Elisabeth Banks (A Escolha Perfeita) toma como base um fato real ocorrido nos EUA nos anos 1980. Nessa época, Stallone e Schwarzenegger ganhavam US$ 20 milhões por filme e a cocaína era a droga predileta na Terra do Tio Sam. Era muito fácil trazer o pó da América do Sul passando pela América Central a bordo de pequenos aviões.
Pois um desses aviões despeja uma quantidade absurda de tijolos de cocaína sobre uma reserva florestal na Geórgia. Para azar dos humanos do parque, um urso preto cafunga alguns quilos do produto e fica doidão. A ponto de atacar homens, mulheres e crianças sem dó. E esse é o fato. Improvável, inimaginável e até certo ponto engraçado. Por si só.
Urso chapado
Elisabeth Banks se deu bem com O Urso do Pó Branco porque o roteiro de Jimmy Warden (A Babá: Rainha da Morte) sabe onde a história começou e onde ela termina. O exercício do ofício foi preencher o que existe entre o começo e o fim. Temperando a história com bastante humor e o terror inerente a um predador alfa de mais de 200 quilos. Dotado de longas garras e dentes. E completamente chapado de pó. Pois a solução de Warden caiu muito bem nas mãos de Elisabeth.
No extravagante bufê servido ao Urso do Pó Branco estão, entre outros, Keri Russell (Missão: Impossível III), Margo Martindale (The Americans), Ray Liotta (Os Bons Companheirps), Alden Ehrenreich (Han Solo: Uma História Star Wars), O’Shea Jackson Jr. (Straight Outta Compton: A História do N.W.A.), Jesse Tyler Ferguson (Modern Family) e Kristofer Hivju (Game of Thrones).
