Crítica | Filme | O Ritual

Crítica | Filme | O Ritual

Quem me acompanha há algum tempo sabe que o gênero terror não é um dos meus favoritos. Costumo ser alvo fácil para a maioria dos realizadores que explora sustos, suspense e alguns truques manjados para levantar a plateia do assento.

O que não significa que eu não sabia apreciar um bom representante do terror. E aqui nem vou subdividir o gênero naquelas quase infindáveis categorias: slasher, gore, sobrenatural, etc. Tanto que destaco ao longo da carreira títulos referenciais, como Pânico, Hellraiser, Jogos Mortais e Evil Dead, entre outros.

Contudo, pelo menos para mim, O Exorcista (1973) continua sendo a principal produção desse amplo guarda-chuva. Então, quando soube que O Ritual tinha seu roteiro baseado em ricos relatos sobre o exorcismo mais documentado da história (talvez o único), cresci o olho.

O próprio O Exorcista bebeu nessa fonte com o roteiro de William Peter Blatty, claro, tomando liberdades em nome do business. E o fez muito bem. Pazuzu é um nome que ainda causa arrepios.

Mas o filme estrealdo por Al Pacino, Dan Stevens e Ashley Greene tenta ser mais realista, se é que é possível dizer isso. Afinal, havia farto material para reproduzor as agruras da jovem Emma (Abigail Cowen), aparentemente tomada pelo próprio Diabo.

A paróquia comandada pelo padre Joseph Steiger (Stevens, de Downton Abbey) é escolhida como o local para que o padre Theophilus Reisinger (Pacino) proceda o exorcismo, depois que todos os recursos cinetíficos para curar a moça fossem explorados.

Só que Steiger, inicialmente convocado apenas para registrar o sacramento, tem sua fé em Deus abalada. E todos sabemos o que acontece quando um espírito do mal percebe esse vacilo…

Se você é fã do gênero, não espere que O Ritual reorganize o seu ranking de Top 10. O filme é interessante, Pacino é Pacino e tudo o mais funciona bem. Tem clima, tem técnica e merece ser visto (sem grandes expectativas), entrando em cartaz a partir de 31/7, distribuído pela Paris Filmes. Particularmente, fiquei com vontade rever O Exorcista.

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