Crítica | Filme | Anônimo

Crítica | Filme | Anônimo 2

Quem curte cinema há algum tempo sabe o que pode significar uma continuação. Ou uma prequel. Ou um reboot. Ou um remake… Enfim, o ponto não é esse. O ponto é que – salvo honrosas exceções – sequências colocam o sentido de aranha para vibrar.

Normalmente, cheira a caça-níqueis, oportunismo ou falta de ideias melhores. Fato, basta puxar pela memória. Mas este não é o caso de Anônimo 2, filme que a Universal Pictures lança em circuito nacional de cinema em 21/8.

Quer dizer, ele preenche levemente os quesitos acima, contudo, ainda assim, é um entretenimento honesto. Reaproveita a fórmula do primeiro filme para ir além em uma nova trama.

Desta vez, Hutch Mansell (Bob Odenkirk, de Better Call Saul) quer deixar de lado sua estressante atividade profissional para entrar em férias com a família. Quis o destino, entretanto, que ao decidir revisitar o parque temático Wild Bill’s Majestic Midway and Waterpark (onde construiu suas memórias de infância ao lado do pai e do irmão), ele se deparasse com um esquema milionário criminoso comandado por Lendina (Sharon Stone).

A grande diferença para o filme anterior é que agora, praticamente toda a família mete a mão na graxa. Sim, todos estão de volta: sua esposa, Becca (Connie Nielsen, de Gladiador), seus filhos (Gage Munroe e Paisley Cadorath), seu irmão (RZA) e até seu pai (mais uma vez interpretado por Christopher Lloyd).

A fórmula de Anônimo 2 (lembrando levemente Férias Frustadas) aposta novamente na improbabilidade de Odenkirk, um biotipo de americano classe média comum, ser um sujeito de pavio curto e tremendamente habilidoso quando o assunto é briga. Isso deixa uma essência de humor no ar, devidamente explorada pelo diretor Timo Tjahjanto, que contrasta com sequências de ação que não devem muito à franquia John Wick. Não por acaso, Daniel Bernhardt (presente na saga de Wick) é um dos vilões especialmente convidados.

Funciona para entreter sem qualquer outro compromisso. Precisa assistir ao primeiro filme para entender esse? Não, mas se quiser entrar no clima…

Deixe um comentário