Baseado no conto de Stephen King, A Vida de Chuck é um filme reflexivo que busca provocar emoções, mas que pouco acrescenta de novo ao gênero.
A narrativa é estruturada em três atos contados de forma invertida: inicia no terceiro, segue para o segundo e termina no primeiro. Essa proposta curiosa funciona em parte, pois, embora os diálogos apresentem momentos inteligentes, o começo é mal desenvolvido e só encontra um ritmo mais consistente à medida que a história avança.
O protagonista Charles Krantz, apelidado de Chuck, é vivido em diferentes fases por Tom Hiddleston (adulto), Jacob Tremblay (adolescente) e Benjamin Pajak (criança). Com câncer cerebral aos 39 anos, Chuck encontra na dança sua maior forma de expressão — e são justamente essas cenas de dança os momentos mais envolventes do longa.
Paralelamente, o roteiro apresenta a história do professor Marty Anderson, interpretado por Chiwetel Ejiofor, em uma metáfora que procura dialogar com a vida de Chuck. A ideia é interessante, mas sua execução carece de organização, o que enfraquece a força simbólica da trama.
Apesar de não ser um filme ruim, A Vida de Chuck está distante de ser grandioso. Sua proposta de refletir sobre a vida e o tempo não traz frescor ao gênero, lembrando obras já consagradas como Forrest Gump ou Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas. O resultado é um drama que emociona em alguns momentos, mas que não surpreende.
Dirigido por Mike Flanagan, o filme conta ainda com um elenco de apoio de peso, que inclui Karen Gillan, Matthew Lillard, Mark Hamill, David Dastmalchian e Mia Sara, entre outros. Estreia em 28/8 distribuído pela Diamond Films.

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