Realmente é recompensador para o espectador ter a oportunidade de assistir a uma série acima da média em termos de criatividade e de storytelling. Chefe de Guerra, que já tem todos os episódios da primeira temporada disponíveis no Apple TV+ desde 19/9, é uma das mais recentes surpresas do streaming.
Já com uma segunda temporada prevista, mas ainda não anunciada pelo estúdio.
Me aproximei de Chefe de Guerra basicamente apostando no carisma de Jason Momoa, que acumulou o papel de protagonista, produtor executivo e diretor de algum episódio. Juro que nem pretendia escrever nada a respeito, contudo, gostei do que vi e achei justo externar a opinião.
E, vamos combinar, Momoa não acerta a mão sempre na escolha dos trabalhos. Provas disso são o recente Minecraft e outra série da Apple, See. Para não mencionar Frontier… Mas desra vez ele acertou a mão. Seu empenho, inlcusive na promoção da série, parece ter sido recompensado.
Certamente, Chefe de Guerra está longe dos bons números de um Stranger Things ou mesmo Wandinha. Pior, muita gente ainda vai querer compará-la a outro sucesso, o premiado Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, basicamente porque a maioria dos personagens em Chefe de Guerra fala havaiano. As semelhanças param por aí.
A série da Apple fala sobre a unificação das ilhas havaianas sob a liderança de Kamehameha. Sim, a grafia é exatamente a mesma à do golpe do Goku em Dragon Ball. Só que o primeiro rei do Havaí conquistou a façanha no final do século XVIII, ou seja, como ficam os direitos autorais?
O personagem de Jason Momoa atua a favor da unificação como braço armado e apoia Kamehameha após travar um breve contato com a civilização branca. Com quem aprendeu a usar armas de fogo, por exemplo.
Tudo muito detalhista, ainda que preservando os personagens da nudez, e com belas locações na Nova Zelândia. Temporada 1 termina com um baita cliffhanger o que leva a crer que virá no mínimo um segundo ano. Merecido. Tem tanta coisa ruim no streaming que seria uma perda grande não chegarmos a uma conclusão aqui. Mas todos sabemos como funciona a cabeça de um produtor. Se o retorno em grana não foi bom, a história para por aqui mesmo. E para saber mais sobre a saga de Kamehameha, só no Wikipedia mesmo!
