Nada bate a experiência de ver um musical em seu habitat natural: o teatro. Mas, se a viagem até a Broadway, o East End londrino ou mesmo até São Paulo para ver as versões brasileiras está fora de questão, o cinema é a melhor saída.

É aí que entra Hamilton na tela grande com uma apresentação gravada no Teatro Richard Rodgers em junho de 2016, ainda durante o primeiro ano após a estreia. Estreou forma inédita nos cinemas brasileiros em 25/9, em salas selecionadas.

Baseado no livro Alexander Hamilton, de Ron Chernow, o musical reconta a biografia de um dos homens que os americanos chamam de “pais fundadores”, o grupo que trabalhou pela independência das colônias e no processo de criação do país. Nascido em Nevis, Hamilton ficou órfão ainda criança, mas, ao contrário do que parece no musical, recebeu ajuda de um rico comerciante e uma bolsa para estudar no King´s College, atualmente a Universidade de Colúmbia.

Defensor da independência das colônias, Hamilton serviu ao lado de George Washington durante a guerra contra a Inglaterra e, mais tarde, foi o primeiro Secretário do Tesouro da história do novo país.

No palco, a história é contada com uma mistura de Broadway, jazz, R&B e hip-hop com roteiro, música e letras de Lin-Manuel Miranda. Já premiado por In the Heights e Bring it On, Miranda se tornaria um nome conhecido também do grande público graças ao trabalho em produções da Disney como Moana, A Pequena Sereia e Encanto, entre outros.

Além da mistura de estilos musicais, Hamilton marca pelo elenco, que inclui Jonathan Groff e Daveed Diggs. Groff é um hilário rei George III – o mesmo que aparece como herói romântico em Rainha Charlotter: Uma História Bridgerton (2023) – que avisa aos americanos que a vida independente é bem complexa. Além do teatro, Groff tem no currículo a voz original de Kristoff em Frozen (2013) e Frozen II (2019) e a série Mindhunter (2017). Já Daveed Diggs interpreta o General Lafayette e também um dos maiores nomes da história americana, Thomas Jefferson.

Além dos cinemas, onde o musical fica por apenas alguns dias, o Disney+ alterou a versão disponível na plataforma. A peça agora tem um prólogo exclusivo, Reuniting the Revolution, com entrevistas com o elenco e os criadores, que falam do impacto do espetáculo em suas vidas.