Dentre as tantas produções que a Netflix lança regularmente, acabei dedicando tempo para assistir ao longa de suspense A Mulher na Cabine 10. E sem saber nada a respeito dele, o que, confesso, ajuda na maioria dos casos.

Assim, não sabia que se trata de uma adaptação do livro escrito por Ruth Ware e, segundo alguns que conheceram a obra em texto, diverge razoavelmente da história. O que considero no mínimo adequado. Se for para ser 100% fiel ao livro, do que valeria essa adaptação? Contar uma mesma história com imagens apenas?

Claro, essa “releitura” pode elevar ou rebaixar a qualidade da adaptação. Então, fica o convite para o leitor conferir as duas e tirar suas próprias conclusões.

Da minha parte, assisti ao filme sem grandes expectativas e diria que não me dei mal. A Mulher na Cabine 10 tem a dose necessária de suspense e de certa aflição para segurar a atenção do espectador ao longo de sua duração. Está longe de ocupar uma lista dos top 10 do gênero, mas funciona.

No filme, a jornalista investigativa Laura Blacklock (Keira Knightley) é destacada para cobrir um evento que reúne milionários e celebridades a bordo de um luxuoso iate. O objetivo dos organizadores do evento, o casal Bullmer, é anunciar qual será o futuro da herança da mulher, Anne, em tratamento de doença terminal. Depois que Laura testemunha um corpo sendo jogado ao mar, começa toda a confusão.

Ela é tratada quase como louca, devido a um trauma recente e também a falta de provas. Sua insistência, contudo, a premiará com a verdade no momento derradeiro.

A trama de A Mulher na Cabine 10 até lembra Agatha Christie por conta da atmosfera, que combina mistério e investigação. Bem como ao grande número de personagens que desfilam pelo iate, casos de Kaya Scodelario (Maze Runner), Hannah Waddingham (Ted Lasso), Art Malik (True Lies) e David Morrissey (The Walking Dead). Keira (de Orgulho e Preconceito e Piratas do Caribe) recentemente esteve na série Black Doves, também da Netflix.