Crítica | Filme | Terror em Shelby Oaks

Crítica | Filme | Terror em Shelby Oaks

Terror em Shelby Oaks é um filme de terror que tenta, mas falha, em entregar uma experiência coesa e realmente assustadora. O longa, dirigido por Chris Stuckmann, começa com a proposta de um falso documentário à la Contato de 4º Grau (2009), no qual Youtubers desaparecem enquanto investigam mistérios sobrenaturais. O problema começa logo no início, quando o filme se estende por longos 20 a 30 minutos com entrevistas e uma narrativa de found footage, tentando criar um ambiente realista que acaba sendo entediante e desnecessário.

A trama segue Mia (Camille Sullivan), que busca incansavelmente por sua irmã caçula, Riley (Sarah Durn), uma das Youtubers que desapareceu durante uma dessas investigações. O que se segue é uma tentativa de transição de estilo, saindo do formato documental para um típico filme de terror. Essa mudança abrupta não é bem-sucedida, deixando o filme sem direção clara e sem saber exatamente qual rumo tomar.

Embora o filme tenha elementos típicos do gênero, como exorcismos, o uso excessivo de jump scares e o sobrenatural, a execução é falha. Os sustos são vazios e não geram a mínima tensão, algo essencial para quem busca um bom filme de terror. O roteiro é o maior problema, cheio de furos e com uma história indecisa que falha em construir um enredo envolvente.

A direção de arte, a fotografia e a direção, por outro lado, são pontos positivos do filme. Eles conseguem, ao menos, criar um ambiente visualmente interessante, mas isso não é o suficiente para salvar a obra de um marasmo. O filme, que tenta se apoiar nas referências a clássicos do terror como A Bruxa de Blair, O Segredo do Lago Mungo e O Bebê de Rosemary, acaba se tornando um terror fraco e entediante, que dificilmente agradará os fãs do gênero.

No final, Terror em Shelby Oaks é um filme que decepciona em vários níveis. Apesar de suas boas intenções e algumas referências interessantes, ele se perde em uma trama confusa e um formato que não sabe aproveitar o potencial do gênero. Para quem busca um filme de terror eficaz, esse está longe de ser uma boa opção.

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