Meu Pior Vizinnho é aquela típica comédia romântica onde o espectador já espera por um desfecho sem surpresas, mas acompanha atentamente o desenrolar da drama meio que torcendo pelos protagonistas. Acho que a novidade que a Sato Company lança em cartaz em 13/11, é que se trara de um filme sul-coreano. Ou seja, o estilo de humor e de romance foge um pouco daquelas produções americanas que chegam ao circuito nacional aos borbotões.
No filme, Lee Seung-jin (Lee Ji-hoon) está com um orçamento meio apertado e acaba se mudando para um apartamento que é quase um muquifo. Para pior, o sujeito ouve vozes e sons que o fazem pensar que o local é assombrado. Na verdade, a parede do fundo do seu apartamento faz divisa com o apartamento de Hong Ra-ni (Han Seung-yeon) e os hábitos da moça lhe causam estranheza.
Estranheza é pouco. A relação dos dois passa longe da cordialidade e eles passam a incomodar um ao outro com excesso de barulhos e hábitos minimamente sociais. Longe das turras, eles tentam levar uma vida mais próxima do normal, até que a relação de ódio se transforma em outra coisa.
A trama parece simples, mas não é assim. Essa comédia romântica abraça temas bem atuais no mundo todo, como a solidão de uma juventude cada vez mais digital e um tanto inábil nas relações humanas. Tanto que é isso. O contato dos protagonistas é separado por uma parede e nenhum parece ceder sociabilidade.
Meu Pior Vizinho é uma adaptação do filme francês Blind Date e é leve e solto o bastante para agradar muitos perfis de público.
