Crítica | Filme | Foi Apenas um Acidente

Crítica | Filme | Foi Apenas um Acidente

Quando um país te bane de qualquer tipo de possível expressão artística e de questionamento social de todas as regiões que você visitou e passou por desde sua infância até fase adulta, o que você faz? Um filme.

Assim nasce a comédia Foi Apenas um Acidente, do diretor Iraniano Jafar Panahi, uma denúncia de um sistema que pune, mas sempre teme ele próprio ser punido.

Acompanhamos aqui a história de um grupo de pessoas usuais que seguem sua vida após serem torturadas por tempos e mais tempos por um homem que não conhecem a face, apenas o som de sua perna mecânica.

Com o passar do tempo, um integrante deste grupo acha um homem que emana o mesmo som e, assim, sua vingança começa.

Foi Apenas um Acidente é o típico filme de denúncia do território iraniano, mas antes de tudo, é uma obra. Com uma comédia e drama em ponto, todas as características de Panahi são jogadas à tela, desde seu mais forte cinismo, até um leve e nem tão comentado senso de esperança.

Ao final, o longa se mostra como quase uma tragédia grega, mas ambientada em contextos onde discriminação e falta de liberdade são sinônimos da palavra realidade. Estreia em 4/12 distribuído pela MUBI e Imovision.

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