Começa hoje (5/12) o ABIPEA CONNECT 2025, no Hotel Gran Mercure Ibirapuera, em São Paulo (SP). O evento, organizado pela ABIPEA — Associação Brasileira da Indústria e Profissionais do Entretenimento Adulto, reunirá especialistas, autoridades, representantes das plataformas digitais e profissionais do setor para discutir os impactos da nova Lei nº 15.211/2025 (ECA Digital) sobre o mercado, com foco em verificação de idade, proteção de dados, segurança e diretrizes de responsabilidade digital.
A abertura do evento será conduzida por Paula Aguiar, presidente da ABIPEA e uma referência no mercado erótico desde 2000. Paula é autora de 28 livros e responsável pela criação do primeiro seminário de negócios eróticos do Brasil, representando a nova fase institucional da indústria. Ela lidera a constituição da ABIPEA e é uma das principais articuladoras do setor no país.
Logo nas primeiras discussões, o evento reúne vozes fundamentais para entender os desafios da responsabilidade digital. No Painel 1 — que analisa as conformidades e impactos diretos da ECA Digital sobre empresas e profissionais —, estarão presentes: Dr. Paulo Tessarioli, presidente da ABRASEX, sexólogo, professor e referência em sexologia e terapia sexual; Dra. Fabyola Rodrigues, sócia da área Penal Empresarial do Demarest, que irá aprofundar a análise sobre responsabilidades civis e criminais no ambiente digital; Luciane Cabral, especialista em sexualidade e proteção infantojuvenil; e André Lopes, perito cibernético e criminalista, atuante na área de segurança digital para crianças e adolescentes.
O evento também contará com a participação de uma das figuras mais importantes da política digital brasileira: Dra. Lílian Cintra de Melo, Secretária Nacional de Direitos Digitais do Ministério da Justiça e presidente do Conselho Nacional de Proteção de Dados. Formada pela USP, com experiência acadêmica em Harvard e Sciences-Po, Dra. Lílian trará uma visão estratégica sobre a aplicação da legislação e o papel do Estado na proteção de dados e segurança digital. Outros especialistas como Dra. Beatriz Vicente, do Opice Blum Advogados, com certificações em privacidade, cybersecurity e blockchain, e Dr. Fernando Bousso, especialista em tecnologia e proteção de dados, também contribuirão com análises sobre as obrigações, riscos e responsabilidades impostas às plataformas adultas pela legislação vigente.
A pauta tecnológica contará ainda com Debora Sena, líder de produto na Incode, responsável por estratégias de regionalização de soluções de verificação digital, e Renato Piparo, Chief Value Officer da Camara Soft. Piparo, com carreira internacional em finanças, segurança e transformação digital, abordará as necessidades práticas das empresas que buscam implementar sistemas de verificação de idade com eficiência, transparência e respeito à privacidade. O evento também abrirá espaço para debates sobre os desafios humanos, sociais e culturais enfrentados pelo mercado adulto na era da responsabilidade digital.
No Painel Social — “Responsabilidade Digital e Inclusão no Mercado Adulto Mundial” —, estará Silvana Zigoski, gerente de Marca e Comunicação do Skokka, plataforma internacional presente em 29 países. Zigoski trará a perspectiva da plataforma sobre ética, segurança e responsabilidade corporativa. Em seguida, o Painel Social — “Desafios e Soluções” — será apresentado por Samuel Ongaratto, CBO da Fatal Model, que compartilhará a visão de uma das maiores plataformas do Brasil sobre desafios operacionais, adequação à lei e inovação.
Para completar a programação, o ABIPEA CONNECT 2025 trará um painel inteiramente dedicado ao combate aos crimes digitais, tema central em tempos de avanços tecnológicos e aumento de ataques cibernéticos. Este debate será conduzido por Dr. Flávio Rolim, Delegado da Polícia Federal e chefe da Unidade de Repressão a Crimes Cibernéticos de Ódio. Dr. Rolim apresentará casos reais, mecanismos de investigação e riscos associados ao ambiente digital — um tema crucial para plataformas, criadores e empresas do setor adulto.
Encerrando os debates temáticos, o Painel 2 — “Desafios Reais do Mercado Adulto na Era da Responsabilidade Digital” — reunirá quatro vozes essenciais: Prof. Graça Tessarioli, diretora da ABRASEX e mestre em educação e sexualidade; Camila Gentile, CEO da Rede Exclusiva Sexshop e referência em saúde sexual e varejo erótico; Camila Voluptas, influenciadora, psicanalista e uma das principais vozes sobre liberdade sexual e comunidades liberais no Brasil; e Ruth Gonçalves, que trará sua visão sobre profissionalização e posicionamento de criadores de conteúdo 18+.
Com tantos especialistas de diferentes áreas reunidos, a apresentação ficará a cargo do ator e comunicador Nizzo Neto, responsável por conduzir as discussões, acompanhar as transições entre os temas e garantir a dinâmica fluida dos debates ao longo do dia.
O ABIPEA CONNECT 2025 se consolida como um espaço de diálogo inédito no país. Mais do que discutir tecnologia, legislação ou mercado, o evento propõe uma reflexão ampla sobre maturidade digital, responsabilidade, segurança e ética — pilares fundamentais para um setor que finalmente conquista voz institucional e protagonismo no debate público brasileiro.
O ABIPEA CONNECT 2025 chega como um marco para o mercado adulto brasileiro em um momento de profundas transformações legislativas, tecnológicas e culturais. Com a entrada em vigor da ECA Digital e a intensificação das discussões sobre verificação de idade, privacidade, crimes cibernéticos e conformidade, o setor finalmente ocupa espaço institucional, articulando indústria, governo, especialistas e empresas de tecnologia. A conferência reunirá nomes decisivos para esse novo cenário — profissionais cuja expertise, trajetórias e experiências diversas ajudam a construir um debate robusto e necessário.

Conteúdo sexual e conteúdo digital, está aí uma mistura de dois assuntos considerados polêmicos. Kkk
A pior parte é que os dois deveriam ter certas restrições, principalmente para os jovens, mas essa restrição está cada vez mais difícil de manter nos dias de hoje… 🤷
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Independentemente de leis, regulamentações e restrições, é preciso que muitos pais e familiares (não todos, claro!) façam sua parte. Esse tipo de estímulo deve começar a ser trabalhado em casa. Simplesmente esconder crianças e adolescentes dessa realidade apenas mascara o problema, não o resolve. Isso serve para tudo, para o mundo. Costumo sempre dar como exemplo o filme Clube da Luta. Na época do seu lançamento, depois de assistir ao filme, um sujeito se sentiu estimulado o bastante para praticar violência metralhando algumas pessoas em um cinema de shopping aqui de São Paulo. Eu e muitas outras pessoas também assistimos ao filme e não fizemos o mesmo. O problema não é o filme, neste caso, mas o que o indivíduo trazia consigo. É assunto para mais de metro de conversa…
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