Crítica | Série | A Última Fronteira

Crítica | Série | A Última Fronteira

No momento em quem publicamos esta crítica, a série A Última Fronteira (The Last Frontier), que estreou na Apple TV+ em 31 de ourubo último, levou ao ar o último de seus dez episódios.

Contudo, comecei a ficar com vontade de escrever sobre ela já em seu quarto episódio, me sentindo obrigado a chamar o leitor a participar dela. Normalmente, espero uma série terminar para poder escrever sobre ela.

É que, como sempre, entrei despretenciosamente para conferi-la em um daqueles dias de poucas opções. Seu nome é meio banal (depois de tanto tempo de mercado) e até gera um pé atrás. Deixando isso de lado, entretanto, o que temos é uma história cativante o bastante. Pelo menos para mim…

A Última Fronteira (The Last Frontier) é estrelada por Jason Clarke (A Hora Mais Escura), também seu produtor executivo, e foi criada por Jon Bokenkamp (Lista Negra) e Richard D’Ovidio (Chamada de Emergência). Se passa no Alasca e oferece uma trama que mistura sabiamente ação, suspense e drama para contar a história de um marshal americano (Clarke), que sem saber se envolve em um caso comandado pela CIA enquanto tenta recapturar perigosos prisioneiros, após um acidente aéreo.

Ele conta com a ajuda de uma agente da CIA (Haley Bennett, de Sete Homens e um Destino) que parece ter sua própria agenda, que é frustrar o plano de um ex-colega (Dominic Cooper), que também estava a bordo do avião que caiu.

O que eu acabo de contar – pasmem! – resumem apenas alguns minutos do episódio 1. São várias e várias camadas e desdobramentos explorados ao longo da série. Os dramas pessoais dos protagonistas, por exemplo, são compartilhados conosco na forma de flashbacks e, a cada nova informação, o rumo da história parece ser redirecionado;

Ou seja, no final das contas, não existe apenas preto e branco, mas sim todos os tais 50 tons de cinza. Ou mais. Bom entretenimento, história bem contada, belíssimas locações e um elenco que dá conta do recado. Até com participações especiais.

Muita gente pode lembrar de ConAir: A Rota da Fuga (1997) e mesmo de Terra Selvagem (2017) e é justo. Mas é só. Ainda que explorando alguns estereótipos, A Última Fronteira tem vida própria. O certo mesmo seria encerrar em apenas uma temporada. Mas vai saber o que se passa na cabecinha desses produtores?

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