Netflix compra Warner Bros. Discovery. Tudum!

Netflix compra Warner Bros. Discovery. Tudum!

A indústria de entretenimento dos Estados Unidos, leia-se Hollywood, sempre olhou com um ar de superioridade para quem queria fazer negócios com os grandes estúdios. Desde o surgimento do entretenimento doméstico nos anos 80, com a invenção do VHS, Hollywood sabia que tirar parte do público do cinema e levá-lo para consumir conteúdo dentro de casa era algo impossível de impedir. Tentaram isso nos anos 50, quando a televisão começou a ganhar força.

Quando a Netflix chegou no final da primeira década do século 21, com uma proposta totalmente diferente do que os grandes executivos de Hollywood queriam, era possível sentir no ar o clima de desconforto. O sucesso inicial, que já tinha alcançado países fora da América do Norte, começou a gerar um fenômeno conhecido no Brasil como “dor de cotovelo”.

O sucesso comercial da plataforma fez com que conglomerados como a Disney decidissem criar seu próprio canal de streaming, tirando todos os conteúdos licenciados para a Netflix. Aí vieram o CBS All Access, que se transformou no Paramount+, a HBO Max, o Prime Video da Amazon, o AppleTV+, o Discovery+, e o Peacock, da Comcast NBCUniversal. Inicialmente, a Netflix, já distribuída em quase todos os países do mundo, começou a procurar outros conteúdos originais para manter seus assinantes e atrair novos consumidores.

A estratégia da empresa de Ted Sarandos foi se consolidando aos poucos, a ponto de vários estúdios, que já tinham implantado seus próprios canais de streaming, decidirem voltar a licenciar alguns de seus conteúdos. Uma dessas empresas foi a Warner Bros. Discovery.

O motivo é simples: distribuição. Tanto a Netflix quanto a Amazon possuem uma estrutura de distribuição de conteúdo ao redor do mundo, que levariam alguns anos para que a Warner, Disney e outros poderosos de Hollywood chegassem ao nível dessas duas empresas. A Warner até tentou criando a Warnermedia, resultado da compra da Time-Warner pela AT&T. Não deu certo, fazendo com que a Warnermedia fosse comprada pelo Grupo Discovery, onde nasceu a Warner Bros. Discovery.

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